Morte... ou não?

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- Onde estão seus pais?
Uma nova criança entrou no bar.
- Eles estão em casa.-respondi
- Eu já vi você!- Respondeu o outro guarda meio gorducho.
- Acho que está havendo um engano, senhor.- respondi novamente.
A mesma criança que tinha entrado no bar, saia agora, com as mãos lotadas de doces.
- Eu não me engano tão fácil- esse guarda parecia mais esperto.
- E essa garota aí do seu lado?- Perguntou o guarda bonitão.
- O que tem ela?- Perguntei aflito.
- Eu quem te pergunto, ela não fala?- perguntou o gorducho dessa vez
- Na verdade, eu falo sim.
- É sua irmã?- perguntou o guarda alto
- É sim- respondi
- Qual o nome de vocês?- dessa vez, o baixo.
- Meu nome é Jacob e o dela é...
- Alice.- ela foi rápida.
- Quem são seus pais?
As crianças que tinham entrado no bar, traziam água em copos para beber, e um menino que os acompanhava trazia água em um balde. Percebi que queriam derruba-lo na cabeça da criança que trazia a pouco as mãos cheias de doces.
De repente, a conversa entre os guardas e nós, foi parando, e o foco dos guardas parou nas outras crianças.
Íamos saindo quando:
- Fiquem aí, não terminamos com vocês.
A criança com o balde falou para a com os doces:
- Me passa esses doces.
- Não irei passar, foi meu presente de aniversário.
- Eu não quero saber, se não passá-los, derrubo esse balde em você.
Os guardas estavam se divertindo com a cena.
O menino com as mãos cheias de doce correu em nossa direção, querendo ajuda.
O outro menino impaciente saiu correndo com o balde em nossa direção.
Com medo, o menino ficou na frente de Serena.
O outro com o balde se aproximou, o menino das balas chegando cada vez mais perto, escorregou.
Justamente na hora que o do balde lançou a água, que atingiu Serena.
Ela se transformou.
Todos sem acreditarem.
O momento ficou lento na minha cabeça, e agora, o que eles fariam?
Os guardas pegaram uma arma, iam atirar em Serena, me precipitei fui para cima dela, e a abracei, não senti algo perfurar sobre minha pele, mas sim, congelar.
Estávamos congelando.
Até eu apagar, grudado nos braços de Serena.
Ficamos literalmente dentro de um cubo enorme de gelo.
Serena com sua cauda. E eu a abraçando.

O destino que nos guie /Contos Extraordinários/Livro: 01Onde histórias criam vida. Descubra agora