Arriscar?

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- Mas, Elliot, você está muito mal ainda...
O médico estava tão empolgado que também esqueceu de constatar o que o menino tinha.
Então, eles voltaram ao consultório.
- O que houve?- perguntou o médico.
- Esqueceu de nos dizer o que há com o Elliot.
- Ah, claro!
Depois de algumas míseras investigadas, ele nos alertou:
- Início de pneumonia. Temos que tratá-lo imediatamente, essa doença é fatal.
- O que podemos fazer para cura-lo?- perguntou Serena.
- Ele terá que ficar de repouso aqui, se não tratarmos logo, a situação se agravará e aí pode tornar-se uma morte.
- Eu não tenho tempo para me recuperar, agora que descobri que tenho uma mãe, preciso vê-la, abraçá-la, sentir seu cheiro, ver se é alta, baixa, ver a cor do seu cabelo e, principalmente, ver se me ama.
- Mas, se você entrar na água, sua pneumonia só vai piorar- alertou o médico
- Eu tive uma ideia, vou te curar.- disse Serena
- Sem querer ser rude, mas, se podia me curar, por que não me curou logo?
- Porque a cura é um poder muito avançado, na escola apenas demos início ao assunto, sei curar doenças leves, uma gripe talvez, porém, doenças que para mim são desconhecidas, é para uma sereia avançada. Do 6 grau quem sabe... eu curso o 3 grau ainda.
- Por favor, tente.- pedi.
Serena se concentrou, fez alguns movimentos com as mãos.
Eu me senti aliviado, as dores que sentia, não existiam mais, a vontade de tossir, acabara.
O médico me examinou.
- Você está bem. Está curado.
- Agora podemos ir.- falei.
- Tomem cuidado! Boa sorte!
- Voltaremos com notícias.- disse Serena
- Espero ansiosamente!
- E esperamos que elas sejam boas- falei baixo.
- E irão.- Serena havia escutado.
Partimos agora para a cidade, para chegar ao mar.
Mas, infelizmente, não tivemos sorte desta vez.
- Que droga, guardas!
- O que eles querem?
- Estão procurando invasores ou desaparecidos.
Na rua, tinham dois guardas de olho na cidade, três crianças provando doces em um lado da calçada, e atrás das crianças tinha um bar, onde provavelmente tinham comprado doces.
Elas entraram no bar.
Restavam apenas os guardas.
Saímos de fininho, esperando ter sorte, tudo em vão, eles nos avistaram. O grandalhão bonitão, mas que parecia um idiota, nos avistou primeiro.
- Ei, vocês aí.

O destino que nos guie /Contos Extraordinários/Livro: 01Onde histórias criam vida. Descubra agora