Noite na cabana

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Passei o dia pensando no que poderia ter acontecido com Serena pela manhã, nada me ocorreu.
Anoiteceu.
- Vou indo para o quarto.
- Ok!- Eu disse- Estou indo!-
- Certo.-
Cheguei lá, só havia uma cama de casal.
- Eu durmo no chão.
- Nada disso, eu durmo, você só está aqui por minha causa.
- Serena, você está enganada, você me deixa feliz aqui.- Essa não, confessei demais.-
- Então dormiremos os dois na cama.
- Isso não é correto.
- Quem disse?
- A sociedade disse.
- Não estou nem aí. Você vem ou não, Elliot?
- Claro.
Nos deitamos, ela adormeceu primeiro. Alguns minutos após... Ela me abraçou dormindo, como se eu fosse seu ursinho de pelúcia. ( O que acho que ela não tenha) De repente pensei e soube o que poderia ter sido o que ela teve hoje.
- Serena! Serena!- Falei
- Já amanheceu?
- Não, mas eu sei o que pode ter sido seu desmaio, febre e delírio.
- O que?
- A Água.
- Ahn?
- Sim, pense comigo, você ficou esse tempo como humana, porém você é uma sereia, necessita de água, necessita de sua cauda, talvez por isso esteja assim.
- Realmente faz muito sentido. Agora vá dormir, você quase não fechou os olhos hoje mocinho.
- Eu sei que vou me arrepender se eu disser isto, mas eu vou falar mesmo assim.
- Fala.
- Será que, se não for pedir muito, eu posso te abraçar?
- Dormindo?
- Sim, como você estava comigo agora a pouco. - ela ficou vermelha.
- Eu abracei?
- Tudo bem, se não quiser, não precisa.
- Não... quer dizer... Eu quero sim.
Ela se virou pro outro lado e eu a abracei, ela segurou a minha mão.

O destino que nos guie /Contos Extraordinários/Livro: 01Onde histórias criam vida. Descubra agora