|28

2.7K 192 103
                                        

Pov Chris

Finalmente chegamos à casa de Eva. Nós vinhemos o caminho todo apenas cantando algumas músicas aleatórias, sem trocar muitas palavras um com o outro.

Como eu disse, não sou o príncipe encantado, mas valeu a pena o que fiz por ela. Talvez me tenha feito mais humano, mas ainda sigo meu lema, e não vou desapontar meu ego, me apaixonando assim.

Eva é gostosa, e ao contrário de todas as outras garotas de Oslo, ela não morre de amores por mim, nem tem aqueles papos ridículos à fim de um pingo da minha atenção, e muito menos, se oferece para mim em uma bandeja de prata.

Isso me desaponta um pouco claro, ficaria louco vendo esse rostinho bonito me implorar que eu foda sua buceta molhada, enquanto geme o meu nome com sua voz falha. Mas ela não é assim, ela é difícil, mas ao mesmo tempo não preciso de criar um novo Chris ao seu lado, pois ela simplesmente não se importa.

Estaciono o carro em frente da sua casa, e nós descemos juntos. Logo que o pé de Eva, se encosta no primeiro degrau da entrada, sua mãe abre a porta.

- Oh que bom que chegaram. - sorri animada -

- Oi mãe. - diz totalmente envergonhada, e eu não posso reprimir um sorriso -

- Olá senhora Mohn. Como prometido, Eva está entregue. - sorrio, depositando minhas mãos em meus bolsos -

- Olá querido. Chris você irá ficar não é mesmo? Acabei de terminar o almoço.

Olho para Eva que parece me dizer com os olhos "não aceite, não aceite" , e volto minha atenção para a mulher ainda parada na porta.

- Se eu não for incomodar, adoraria. - sorrio, e sinto Eva me queimar com os olhos -

- Claro que não, os amigos de Eva são sempre bem vindos aqui. Entre. - a mesma, da passagem, e eu sigo Eva até a sala -

- Talvez ele queira lavar as mãos querida, o leve ao banheiro por favor, que irei por a mesa. - sua mãe lhe diz, indo para a cozinha, e Eva me chama com o olhar -

Entro novamente no banheiro da ruiva. No banheiro onde nossos corpos estiveram por um grande período de tempo. O banheiro onde eu li todas suas feições, enquanto estava machucado por culpa dela.

- Preferia que meus dedos estivessem entre suas pernas no momento Mohn. - sussurro enquanto ela seca suas mãos -

Ela cora, e eu não posso tirar do meu rosto um sorriso cafajeste. Me movo até onde ela está, e a mesma recua até encostar suas costas na cerâmica fria. Posso vê-la tremer por um segundo logo após isso.

- Vamos comer, ou a comida vai esfriar. - em um momento de sanidade Eva diz, e sai dentre meus braços, subindo as escadas -

Estamos nós três sentados à grande mesa, enquanto Anne nos serve. Ela é tão bonita quanto Eva, provavelmente era a cara da filha quando mais nova.

A pequena Mohn, herdou seus cabelos, olhos, boca, nariz.. até me vem uma dúvida se ela tem mesmo um pai. Pois parece a cópia perfeita de sua mãe.

- Você estuda no mesmo colégio que Eva, não é mesmo Christoffer? - ela interrompe meus pensamentos -

- Sim. - faço uma pausa - estou no segundo ano.

- Ah sim, imaginei que estivesse no mesmo ano de Eva. - sorri -

- Não parece com essa cara de recém nascido, mas ele é bem velhinho mãe. - Eva murmurra, enquanto corta um pedaço de frango -

- Eu? - digo ofendido - Apenas um ano de diferença Eve, não se ache muito nova. - eu e Anne rimos. Posso ver a cara de brava dela, por ver sua mãe tão a vontade comigo - Eva me disse que a senhora viaja muito. A trabalho. - tento puxar assunto, isso pode ser muito ao meu favor -

- Sim, tenho uma empresa em Paris. Queria viver lá junto dela, mas Eva não aceita de forma alguma. - sorri -

- Claro, nunca vou deixar a Noruega, sou muito patriota para isso. - brinca e nós rimos -

- Hm, okay. - leva o copo à sua boca - E você Chris, planos para faculdade?

- Minha família tem uma empresa também. Coisa de tecnologia. - suspiro - Meu pai quer que eu vá trabalhar com ele, e assumir. Mas eu não levo muito jeito para isso. Apesar de que no final, eu vá aceitar.

- Entendo. - sorri delicada - Foi bem difícil para os meus pais quando eu decidi seguir o caminho diferente dos deles, Eva quer...

- Mãe, por favor. - Eva à interrompe, e a mesma fica em silêncio -

Falamos sobre nossas famílias, sobre política e até sobre bandas de rock. Mas já estava tarde, e eu tinha que pelo menos dar uma passada na casa de William.

- Bom, o almoço estava ótimo Senhora Anne. - me levanto - Mas eu tenho que resolver algumas coisas agora.

- Só Anne por favor. Claro Chris, foi um prazer tê-lo aqui. Volte mais vezes. - ela sorri gentilmente, e aperta minha mão - Eva leve ele até a porta por favor.

- Claro mãe. - a ruiva sai na frente, e eu não posso deixar de espiar aquela bunda, que eu havia tocado à poucas horas -

- Eu te busco que horas?

- Não sei. - da de ombros - Talvez eu demore, não precisa me buscar.

- As 20 e meia eu passo aqui. Até mais baby. - lhe dou um beijo, e ela recua -

- Chris, para de se despedir de mim assim.

- É extinto. - rio e saio andando -

Ligo o carro, e dirijo até a casa de William. Já na entrada vejo alguns caras carregando caixas de bebidas, e duas garotas quase nuas perto da piscina.

Estaciono o carro, e sou recebido por William.

- E aí cara, o pessoal disse que você não apareceu ontem. Na festa da Ingrid. - diz quando nota que estou confuso -

- Ah sim, saí com Eva. E você, não foi também?

- É mesmo. E o que rolou? - perguntou animado - Você sabe que Eva é importante para mim, não vai estragar tudo cara.

- Eu e ela não somos nada Will sossega. Só estamos nos divertindo. Eva não sente nada por mim, e eu não sinto nada por ela. O que rola entre nós é só desejo.

Digo e posso ver um ar de negação em seu rosto, mas não ligo, e entro na casa para ajudar.

Like a magnet - Mohnstad ( SKAM ) Onde histórias criam vida. Descubra agora