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O resto do final de semana foi assim. Eu jogada na cama, de pijama, assistindo série dramática, enquanto me entupia de sorvete e aqueles salgadinhos que engordam só de olhar-los. As meninas até queria me ver, mas não estava afim de conversar, ou chorar na frente de ninguém.

Já é segunda, e infelizmente hoje não posso faltar do colégio, já que tenho teste. Nem estudei na verdade, mas se a escola ligar para minha mãe, por causa de falta ela me mata. Só tomo um banho rápido e visto a primeira roupa que vejo pela frente, não estava com paciência para nada. Pego uma fruta na geladeira e saio pelas ruas de Oslo, respirando aquele ar frio.

Logo na entrada, vejo William, Noora, Christina e Chris conversando, encostados no carro. Abaixo a cabeça e faço o possível para não ser notada, quando o viado do William me chama, e eu o mato mentalmente por isso. Suspiro e caminho até eles.

- Oi Eva, está melhor? Você parece péssima. - posso sentir um tom de preocupação na voz de Noora -

Antes mesmo de eu conseguir responder, surge Sana atrás de mim.

- Ela está horrível.

- Nossa Sana, você me encoraja a viver, obrigada. - digo com sarcasmo, a abraçando, fazendo todos rirem -

- Que isso, tirando as olheiras, o friz, o fato dela está mais branca que sua blusa, ela está ótima. - Chris pisca - Bom babys, já está na minha hora. - se vira, passando os braços no ombro da primeira garota que encontra -

- Depois dessa, acho que vou passar o resto do ano trancada no banheiro, Christoffer. Valeu. - respondo, e ele apenas joga a cabeça para trás, ainda rindo -

- Melhor também irmos. - William chama nossa atenção, e ri -

Saímos cada um para suas salas, mas antes eu paro no meu armário para deixar alguns livros. Quando passo pelo corredor principal, sinto alguém me puxar para o banheiro, e quase grito, mas o mesmo coloca uma de suas mãos em minha boca.

- Tá louco Christoffer? - coloco a mão no coração, fazendo com que ele me solte - Errou de garota?

- Que isso gatinha. - ri alto - Pensei que você ficaria presa até o final do ano aqui, e quis te fazer companhia.

- Deus, eu não preciso passar por isso, preciso? - digo olhando para cima -

- An? - me olha confuso - Ah esquece, eu só queria te convidar para a festinha que vai ter hoje na casa do William. Ele disse que a Noora poderia fazer isso, mas eu mesmo quis te chamar. - sorri, cruzando os braços -

Antes que eu possa responder, um garoto entra no banheiro, me deixando totalmente sem saber o que fazer ou dizer. Chris percebe meu desconforto, e coloca sua mão na parede, assim aproximando nossos corpos. Depois de 5 minutos de pura vergonha, o garoto sai. Me fazendo corar, e sussurrar um, "eu te mato", antes de sair do mesmo.

Chego na sala atrasada, mas o professor me deixa entrar, por incrível que pareça. Os dois primeiros períodos passam rápido, e logo no terceiro eu faço meu teste de norueguês, que até me saí bem.

No horário do almoço, apenas pego um sanduíche natural e vou para biblioteca, já que tinha um trabalho enorme para terminar, e não estava afim de conversar com ninguém, outra vez. Não podia suportar os olhares contra mim.

- A gente tem que parar de se encontrar assim, amor. - Chris sussurra em meu ouvido, assim que viro a segunda estante -

- Concordo plenamente. - me sento na mesa, pegando meu notebook -

- Você é tão quente falando assim. - responde, se sentando ao meu lado. Eu apenas o encaro -

- Desculpa não cair nas suas cantadas, mas estou ocupada. - me viro e pego o caderno -

- Não precisa ser assim Eve. - ri, alto até demais -

- Será que os dois pombinhos, podem falar baixo? - a bibliotecária, abaixa seu óculos -

- Sem problema docinho. - responde, e eu bufo revirando os olhos -

- Oi Chris. - uma garota aleatória, se senta ao seu lado - Está ocupado agora? - me olha, e eu apenas levanto uma sobrancelha para mesma -

- Para? - ele pergunta, passando a língua pelos lábios -

- O que você quiser baby. - se insinua, com a voz mais inaudível do mundo, para ele, e eu pude ver até seu pulmão, diante do decote. Chris coça a cabeça -

- Ta beleza. - se levanta - Até mais Mohn. - pisca -

Sussurro um "babaca", e volto para os estudos. Falto os dois próximos períodos, já que o professor iria apenas aplicar recuperação, e eu já tinha nota suficiente.

Depois de quase três horas, decido ir embora. Pego minhas coisas e taco tudo dentro da bolsa, e deixo alguns livros de volta à suas prateleiras. Já no corredor, vejo Chris mais uma garota saindo do banheiro, e não posso deixar de bufar.

Pov Chris

Saio da biblioteca deixando Eva estudando, ela é quente quando está brava, mas pode ser perigoso tirá-la do sério, nesse momento. Conduzo a garota, que eu nem ao menos sei o nome, até a cantina, estava mais com fome, do que tesão. Digo a ela, que nos encontramos no banheiro masculino, depois das aulas, e ela sai jogando os cabelos de lado.

Depois de duas aulas chatas, vou para o banheiro, e ela entra logo atrás. Nos tranco na primeira cabine, até por que o banheiro poderia se encher. Não iria transar com ela ali claro, não sou desse tipo, mas eu precisava de pelo menos relaxar.

- Bom Isa, não apresse as coisas, por que não vou transar aqui. - a empurro contra a parede, deixando claro minhas intenções -

- É Isi Chris. - revira os olhos - Me comeu semana passada, mas nem ao menos sabe meu nome? - arqueia a sobrancelha -

- É. - passo a boca pelo seu pescoço. Ela tem belos peitos, mas não como os de Eva - Desculpe baby. - sorrio, e imediatamente ela muda sua feição de brava, para safada. Eu amo esse poder que tenho sob as mulheres -

Ficamos ali por alguns minutos, até que decido ir embora, ela já estava me dando nos nervos falando tanta asneira, e nem um boquete decente me pagou.

Quando ponho os pés para fora do banheiro, esbarro em Eva.

- Indo embora Mohn? - encosto na parede -

Antes dela responder, Isa sai do banheiro, e eu só quero trancar ela lá de novo, sozinha. Eva bufa, e sem me olhar diz.

- O ar por aqui, está muito tóxico. - sorri sarcástica - E a propósito, belo batom - sai andando, enquanto eu limpo a boca, com a manga do moletom, e a sigo para qualquer lugar, deixando Isa sem entender nada -

Like a magnet - Mohnstad ( SKAM ) Onde histórias criam vida. Descubra agora