난 강해보여도 웃고 있어도
혼자일 때가 많아Ando de um lado para o outro, impaciente, e de vez em quando paro e olho para todas aquelas pinturas amontoadas na pequena sala do meu apartamento. Ainda bem que Madeline se ofereceu para trazê-las até aqui comigo, se não acho que todas teriam de ficar lá naquele quarto da sua casa.
São minhas pinturas.
Isso é um fato.
Conheço os traços que uso e a maioria delas eu me lembro de ter pintado. Agora uma me chama a atenção. Nela, um rapaz usando terno segura um buquê de tulipas, e eu fiz de forma que a pessoa estivesse entregando para qualquer pessoa que olhe a tela. Deixei os traços da pessoa delicados e não mostrei seus traços do nariz para cima.
Realmente, incrível. Elogio a obra que aparentemente fiz.
Realmente fui eu que a pintei?, me dou o benefício da dúvida. Quem será essa pessoa de terno segurando o buquê? Sempre me baseio em alguma ação cotidiana para pintar as telas...
É aí que um nome escapa pelos meus lábios quase que involutariamente:
- Baekhyun...
Um choque percorre o meu corpo e eu me lembro do dia em que recebi um buquê de tulipas, com um cartão do Baekhyun entre elas. Sinto minhas pernas falharem junto com a respiração.
A Madeline não podia ter me dado esta pintura. Não depois de tanto tempo...
Suspiro e me equilíbro na parede bege da sala. Olho de relance para o cartão sobre a mesa que veio junto com minhas obras e eu procuro não pensar nele.
Madeline disse que pertence à quem me enviou as obras. Então... isso significa que é do Baekhyun. Só pode ter sido.
Não.
Não posso ler isso.
Pego o bilhete e o rasgo em pedacinhos. Jogo tudo no lixo da cozinha e volto para a sala com os olhos cheios de lágrimas.
- Você vai ficar bem, Morgana - bato no meu peito e procuro me acalmar. - Você precisa ficar bem para cuidar dele.
Levo minha mão a barriga e aliso o local delicadamente.
- Baekhyun não irá chegar perto de nós...
[...]
Batuco meus dedos na perna enquanto espero a minha vez de ser "atendida" pelo fotógrafo indicado pela Madeline. Pelo que entendi, tudo o que tenho que fazer é posar para as fotos, pois todo o contexto do cenário e da situação já foi explicado a ele. Ela também me explicou por telefone que não é um fotógrafo famoso, já que não temos a intenção de chamar atenção e atrair a curiosidade de uma pessoa famosa. Logo meu segredo estaria descoberto desta forma.
Levanto-me do sofá de estofado desgastado quando uma menina sai de dentro da pequena sala; ela é uma das clientes também. Tive a chance de conversar com ela enquanto esperávamos sermos atendidas.
- Próxima - o fotógrafo chama sem cerimônia.
Ou ele deve estar cansado de falar essa palavra todos os dias quando chama uma cliente ou ele é bastante arrogante, concluo logo de primeira. Seu tom de voz também não ajuda no meu julgamento.
Entro na sala sem questionamentos para fazer e paro no centro do local, onde há uma tela branca atrás de mim e iluminação por todos os lados na minha frente. O cenário já está organizado com uma colchão no chão ao meu lado com uma lençóis bagunçados em cima dele e uma televisão antiga em cima de uma pequena mesa.
- Quero que bagunce os cabelos e vista esta roupa branca, há também maquiagem ali no canto, acho bom usar - o rapaz fala após me deixar avaliar o lugar por alguns minutos. - Estarei lá fora esperando.
Faço tudo o que ele pediu assim que ele sai da sala. Jogo os cabelos para todos os lados possíveis até o ponto em que mal posso achar meu rosto naquele emaranhado. Passo maquiagem forte embaixo dos olhos para simular olheiras bastante roxeadas e deixo meus lábios com um aspecto mais esbranquiçado e rachado. Termino pondo a roupa branca que mais parece uma roupa usada por pacientes na hora de uma cirurgia. Tiro meus sapatos também e me posto descalça no lugar que estava antes.
O chamo alto o suficiente para o fotógrafo do lado de fora saiba que terminei minha produção e ele entra logo em seguida.
Posicionando a câmera de um celular no meu rosto de propósito - para dar o aspecto de ter sido uma foto amadora -, passamos a tarde toda fazendo esse ensaio até no final escolhermos as três fotos mais convincentes do meu estado.
Saio de lá com as fotos já reveladas dentro de um envelope marrom e ponho um casaco com o capuz envolta da minha cabeça, assim não tenho de me preocupar em ser reconhecida por ninguém.
Pego o metrô numa estação aqui perto e em poucos minutos estou de volta no meu bairro. Vou andando até a cafeteria em que trabalho, pois disse ao meu chefe que estaria resolvendo alguns problemas apenas no período da tarde. Agora, no começo da noite, tenho de prestar serviço lá.
Ando com o envelope na mão e a outra mão dentro do bolso. Chuto o ar, distraída e despreocupada com as coisas. Tudo está correndo bem até agora, e acredito que poderei viver bem após parar de ter o Dorian na minha cola querendo saber do meu paradeiro. Daqui a algumas horas, Madeline virá buscar meu envelope e tudo estará resolvido.
Sorrio com esse pensamento. Eu consigo me livrar do Dorian sem precisar mentir para meus amigos e familiares, diferentemente daqueles idiotas... penso.
E é a mais pura verdade. Quero dizer, sei que estou apenas fugindo e deixando migalhas caírem no chão para saciar sua sede pelo meu sangue, mas já é um começo. Essa é a minha forma de combater o inimigo. Ainda bem que tenho a minha mãe para me ajudar.
Ainda é estranho chamá-la assim, por isso sempre uso seu nome. Mas ela se tornou a pessoa de maior valor na minha vida, mesmo quando pensei que não íamos voltar a ser o que éramos após o meu casamento.
Viro na esquina da rua da cafeteria e já posso ver o letreiro brilhante e amarelo a alguns metros de onde estou. Sorrio de lado, feliz por voltar a trabalhar hoje, quando a porta da cafeteria se abre e eu dou de cara com a pessoa menos improvável de estar ali.
Abro a boca, perplexa e quando ela avista o meu rosto ao olhar para o lado, deixo seu nome escapar pelos meus lábios:
- Anne?
***
Tradução da frase:
"Talvez pareça forte, talvez esteja sorrindo, mas muitas vezes eu estou sozinho."
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de votar e comentar por favor <3
Beijos amores e até o próximo capítulo.
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Lady Luck | Baekhyun
Fanfiction[Concluída] Morgana Woods foi obrigada a casar-se com um homem que mal conhecia. A partir daí, sua vida se tornou infelicidade pura. Até que um dia, numa festa de negócios promovida pelo marido, ela acaba conhecendo Byun Baekhyun, um empresário que...