três

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Ela ouve batidas na porta.

— Momo! E-eu preciso usar seu computador novamente.

— O quê foi Mark? Esqueceu algo aberto?

— Não, não! Eu tenho que fazer uma pesquisa. — sua voz vai diminuindo.

Hirai suspira, abaixando a tela de seu notebook. A garota se aproxima e abre a porta, com seu primo passando a milhão por ela. Ele parece assustado. Clica em algumas teclas, não demorando quinze segundos para fechar o eletrônico novamente. Agradece e se encaminha até a porta para deixar o quarto.

A loira se apoia no guarda-roupa para digerir a situação. "Como o idiota daquele garoto pôde ter usado meu notebook para ver pornô na cara dura? Que nojo."

Ela se deita na cama, enrolando seus cabelos com a ponta dos dedos. Eram um homem e uma mulher. Momo não havia gostado de vê-los transarem no vídeo, aquilo era muito feio. Porém, de alguma forma, a maneira como a garota gemia lhe chamara a atenção. Uma voz rouca, que lhe agradava os ouvidos, tirando o fato dela ser muito bonita. Momo gostaria de tocá-la assim como o homem o fazia.

— Meu Deus, no quê estou pensando? — Coloca o travesseiro para cobrir seu rosto. Logo o tira, pela falta do ar.

A garota pula da cama, trancando a porta. Volta ao computador, em sua cama. Ela abre a aba de pesquisa, estando certa do que queria. Morde seu lábio ao digitar algumas palavras-chave.

— Vídeo... Garota... Não, não, droga! — Ela apaga o que havia digitado, tentando recomeçar. — Garota... Pornô...

Alguns sites aparecem na busca, com diversas opções de vídeos. Momo coça seu rosto, olhando algumas vezes para trás. "Se concentra, a porta está trancada." Ela se esforça em procurar algum no qual só houvesse uma garota, não estava interessada em ver os corpos dos homens que apareciam. Sem sucesso, abre um destes, ela não foi até ali para nada.

Leva um susto e abaixa o volume rapidamente, havia esquecido seus fones.

— Lips! And lips! — começa a cantar alto para disfarçar, não queria nem ao menos imaginar que alguém ouviu o começo da cena. "Você só pode ser idiota."

Pega seus fones numa prateleira alta, colocando-os nos ouvidos e adaptando o cabo ao computador.

Inicia o vídeo, com um sorriso pequeno nos lábios, seguido por uma mordida na região. Pega sua almofada rosa, a abraçando enquanto se ajeitava na cama. Volta a olhar para trás, nervosa.

Aquelas cenas seriam longas, marcavam doze minutos no canto da tela. Momo se arrepiava com a maneira na qual o garoto trata a companheira, puxando e apertando sua pele. Fica perplexa ao vê-lo estocar sua vagina, seus olhos não perderam um momento sequer. Ela queria fazer aquilo, gostaria de poder causar os mesmos efeitos na garota. A maneira como ela gemia a cada toque, quando ele passava a língua sobre si, enquanto a chupava e a apalpava com gosto. Ela se apaixonava, e deixava escapar barulhos finos e fracos de sua boca.

Os minutos se findam e Momo arfa, levando as mãos aos cabelos. Retira a camisa estampada com bichinhos, abanando seu corpo. Não tinha noção de quando foi que o quarto havia ficado tão quente. A garota passa para outros vídeos, bem parecidos com o primeiro.

Seu celular vibra na cama, lhe dando um susto.

— Sim?— Atende a ligação, ao ler a palavra "mãe" no visor.

— Momo, por quê trancou a porta? Eu estou batendo aí há horas, quer fazer o favor de abrir isso?

— S-sim. Não. Espere, eu preciso achar a chave, mãe.

Ela encerra a ligação em seguida, desligando seu computador de prontidão. Corre rápido até a porta, se voltando na mesma velocidade.

— Onde está a blusa? Onde? — vasculha sua cama, achando a peça e a vestindo.

Abre a porta, novamente, para sua mãe. A mais velha adentra o quarto às pressas.

— Já disse para não trancar antes de dormir, e se eu precisar de algo? — Abre uma das gavetas do criado-mudo. — Perdi meus brincos de prata, mas não me lembro se coloquei aqui ou deixei na sala.

— Não deve estar...

— Achei. Eu passei aqui enquanto você estava na escola, espero que não se importe. Até por que caso se importe...

— … saiba que você mal cuida do próprio nariz, e muito menos é a que paga as contas dessa casa! Eu sei. — Momo completa, revirando os olhos.

— Ótimo. Boa noite, meu bebê. — Ela beija a testa da filha.

— Mãe, eu não sou um bebê.

A morena ri baixo e deixa o quarto, colocando seus brincos nas orelhas.

Momo fecha a porta, se jogando na cama novamente. Seus grandes olhos escuros varrem o quarto, cravando-se no teto de cor clara. Precisava contar sobre o que havia acontecido para alguém, mas quem? Qual das meninas se interessariam em ouvir quanto aos seus desejos íntimos ao ter contato com garotas nuas?

Pega seu celular, discando o número de Chaeyoung. Só fora necessário esperar dois toques da ligação.

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