seis

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Passam-se alguns dias. Em meio a cálculos, rabiscos e desenhos inacabados, Momo preenche a última folha de seu caderno com um nome de um autor que o professor de Filosofia citara. "Nietzsche" repete em seus pensamentos, juntamente com os escritos "oposto ao racionalismo, crítica sobre tudo e questiona a verdade". Por quê tinha a sensação de que tudo fazia sentido em sua mente agora, mas na hora da avaliação ela esqueceria noventa porcento do que aprendeu?

Para ter certeza, cutuca Mark a sua frente. O de cabelos loiros pede que espere, desliga o celular e se vira para ela.

— Fala.

— O quê esse cara tem de semelhante ao último filósofo que a gente estudou?— pergunta em baixo volume.

— Ambos são filósofos pessimistas. Terra chamando Momo. — faz uma voz robótica, que a faz rir. — Se precisar de ajuda mais tarde para a prova, eu dou conta, Youngjae me ensinou tudo o que aprendeu. Ele é fera.

— Está bem, com certeza irei precisar.

— Terminem rápido isto para podermos avançar na matéria. — O professor diz e alguns concordam com a cabeça. Momo prossegue a conversar com o primo.

— Mark, o quê você e os garotos vêem no celular do Jaebum, no fundo da sala? Às vezes no de Kunpimook e de Jinyoung também.

— Do quê está falando? — parece surpreso ao encará-la. — Nós jogamos, nós jogamos aquele...

— Você vê pornô?

— Cale a boca, Momo. Conversamos depois, todo mundo está em silêncio agora.

A garota dá uma longa olhada pela classe, em silêncio, como Mark havia dito. Chaeyoung ouvia música usando apenas um dos lados do fone, Jeongyeon dormia, Sana encarava sempre atenta o seu caderno. Nada fora do normal. Momo concorda com a cabeça aceitando a condição de não tocar nesse assunto pelos próximos minutos. Entretanto, aquilo martelava sua cabeça; iria descobrir à qualquer custo qual era a diversão masculina.

Num lugar longe daquela cidade, Mina levanta calmamente o rosto respirando mais forte que o de costume. Apoia as mãos nas coxas nuas do garoto, disposta a apenas beijá-lo e dar o fora dali. O combinado fora apenas quinze minutos de sexo oral; mesmo que a quantia não lhe chamasse tanto a atenção seria uma renda complementar a dos vídeos e das fotos. Ele continua a gemer sôfrego, a segurando pelos cabelos e novamente fazendo que voltasse a colocar a boca sobre seu membro. "Tudo bem, Mina, tudo bem."

Então, volta a chupar e arranhar sua coxa direita enquanto o masturbava mais uma vez, com suas mãos firmes. Ele, dizia o nome de uma outra garota da qual ela nunca havia ouvido falar, mas é um detalhe a ser ignorado. Negócios são negócios.

Seu telefone celular toca, por fim. Mina imediatamente se afasta, alcançando-o numa pequena mesa próxima, estrategicamente. Sente um onda de alívio quando lê o nome indicado no visor. 

— Ren? O quê deseja?

— Aquela mesma coisa de sempre, o tempo acabou e eu tenho que exercer o meu trabalho de te informar. Essa é a parte que você diz "o fotógrafo já chegou?".

— O fotógrafo já chegou? Porra.

— Tchau. E Myoui Mina, você precisa de um despertador, estou cansado de ter que parar a partida do meu jogo assim que o seu boquete acaba.

— Sim, estou a caminho. — diz, agora abaixando o seu tom de voz num volume quase inaudível nas próximas palavras. — Você é obrigado, e também gosta de fazer isso. Me refiro a parar o jogo por mim e ao boquete.

Uma risada alta é possível de ser ouvida do outro lado da linha. Mina desliga.

— Hum, preciso ir "garotão". — deixa alguns bejinhos em suas coxas e entre elas, levantando-se com destreza. Coloca a parte de cima de sua roupa.

— Não. Porra. Eu ainda estou...

— O dinheiro está na mesa certo? — Caminha até lá, pegando a quantia em suas mãos e colocando as notas no sutiã. — Uh, certo. Qualquer coisa fale com o Ren de novo, estarei muito ocupada esses dias.

Deixa o quarto fechando a porta. Mina ainda era nova neste ramo, com certeza não estaria ocupada e seria capaz de pagar para que assistissem seus vídeos ou alguma organização grande a contratasse. Mas isso era só questão de tempo.

obrigada para quem está lendo desculpa a demora

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