❈ Capítulo 2

1.7K 129 59
                                    

MinHee POV

Desci depois de pousar as coisas e fui cumprimentar o meu pai e avisar que tinha chegado, o hálito a álcool tresandava pela sala, nojento. Eu cumprimento-o e ele pede-me para me sentar ao lado dele, porra.

Eu: O que se passa? -pergunto sentado-me a tentar ter cuidado com as garrafas vazias no chão, que mais tarde eu teria de arrumar-

Pai: Filha ninguém se meteu contigo na escola? Cuidado os homens são perigosos e não podes confiar nas mulheres, são cobras e apunhalam-te pelas costas quando puderem -diz meio bêbado, eu já ouvia isso há tantos anos que acho que já me tinha habituado, o meu pai é  um alcoólico como já devem ter notado e eu mantinha-me longe de homens porque eu sabia que se ele descobrisse ainda me matava, literalmente-

Eu: Eu sei pai, não aconteceu nada, correu tudo normal -digo calmamente-

Pai: Sabes que te amo não sabes? -pergunta e abraça-me, parecia mais que tinha um morto em cima de mim mas ya-

Eu: Sei pai, queres comer algo? -pergunto e ele nega com a cabeça, se comesse vomitava tudo, eu sei disso- 

Pai: Vou para o meu quarto, cuida-te e come qualquer coisa -diz e sai do sofá a andar de um lado para o outro por causa da bebida, depois sobe as escadas agarrado ao corrimão, alguns segundos depois ouço a porta do quarto fechar-

Depois disso eu arrumei a sala, deitei tudo fora, todos os dias o mesmo, aquilo era uma lixeira e ele só estava de manhã até a hora de eu chegar a beber e a comer porcarias e depois dizia algo parecido aquilo e ia para cama, todos os dias o mesmo. Depois de arrumar tudo e limpar fui para cozinhar fazer o jantar e enquanto cozinhava limpava o que ele tinha sujado na cozinha. 

Devem-se perguntar "Onde anda a mãe dela?", bem o meu pai diz que ela nos deixou e eu finjo acreditar mas eu vi tudo, o meu pai batia na minha mãe e certo dia viu-a a falar com um homem, que ele não sabia que era o meu tio (irmão da minha mãe), nessa noite eu vi-o a matar a minha mãe, eu ouvia os gritos dela e os dele que a mandavam calar, eu tinha 9 anos e desde aí nunca vi o meu pai da mesma forma e ele tornou-se nisto, se eu fugir o meu destino pode ser o mesmo que a minha mãe.

Ele não quer que eu tenha amigos, ou amigas, quer que eu ande sozinha porque o mundo é perigoso mas para mim o perigo é ele e por isso é que eu faço o que ele pede. Quando acabei de comer peguei no que tinha das aulas de hoje, foi o primeiro dia e mesmo assim os professores não tinham sido simpáticos. Eu fiz uns resumos, não é por acaso que eu tenho as melhores notas do curso e sou das mais novas, eu estudo para isso mesmo com o pouco tempo que fico depois de fazer tudo mas como não saía com amigos e isso lá me focava nos estudos e tive uma bolsa numa universidade de ricos, coisa que eu não sou nem de perto nem de longe.

Depois de estudar um pouco adormeci, quando acordo visto-me, pego na mochila e preparo-me para sair. Vou à cozinha e aqueço a sopa do costume e pego numa aspirina e vou para o quarto do meu pai, eu dava-lhe isto para a ressaca, ele tomava isto e daqui a pouco começava a beber de novo.

Eu: Bom dia pai -digo deixando as coisas na mesinha de cabeceira, dou-lhe um beijo na bochecha e saio, pego na mochila que estava à porta do meu quarto, desço rápido, passo pela cozinha para pegar numa maçã e numa sandes para comer pelo caminho, agora era 1 hora no autocarro e mais 15 minutos a andar e estava na universidade, é o que dá viver na zona pobre da cidade e andar numa universidade na melhor zona da cidade-

Quando saio do autocarro começo a andar e quando chego perto da universidade vejo todos os carros luxuosos a passar, as raparigas saiam de mini saia excessivamente curtas ou calções extremamente curtos e tops que não mostravam grande coisa, os rapazes babavam-se pelo pouco que elas tinha e eu tinha vontade de me rir delas, enquanto eu ia com uma roupa larga porque o meu pai não me comprava outra roupa e eu não tinha dinheiro mas não me incomodava muito. 

Entrei e novamente sinto o grupinho dos populares a olhar, continuei a andar com os fones ignorando os olhares deles, ouço que alguém me chama mas finjo não ouvir, qualquer coisa estava de fones. Mas segundos depois alguém me agarra pelo braço e me vira e eu fico a olhar chocada para a pessoa, bem para a camisola da pessoa, olho para cima, ah Chanyeol pois. O meu 1,58 contra os 1,85 dele não eram nada.

Chan: Hey eu chamei-te -diz e eu tiro um dos fones, não resultou- Ah não ouviste, eu tinha-te chamado -diz com um sorriso e eu suspiro e por dentro insultava-me por o truque de "Oh desculpa, nem te ouvi estava de fones, ignora-me" não ter resultado-

Eu: O que foi? -pergunto indiferente e impaciente-

Chan: Ontem deixaste cair outra coisa, eu só notei depois de ires embora -diz e dá-me uma pulseira, foda-se, aquela pulseira era da minha mãe, se eu perdesse aquilo matava-me-

Eu: Ah, obrigada -digo e pego na pulseira e viro-me para sair e ouço o riso dele, ignoro e continuo a andar-

Entro na sala na hora certa, o professor sorri e eu também. Que mais uma aula e mais um dia comece...

-------------------------------

Bem este capítulo foi mais sobre a vida da MinHee, espero que não tenha sido muito chato. Digam-me o que acharam e se gostaram ou não.

Beijinhos pessoas lindas. Adoro-vos.

Red Love ✦ Park Chanyeol ✦Onde histórias criam vida. Descubra agora