❈ Capítulo 11

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MinHee POV

Eu: Preferes acreditar no que te dizem ou na tua filha? -pergunto séria tentando ver se ele mudava de ideias, embora eu soubesse que ia ser difícil, ele era teimoso-

Pai: Filha eu sei que tens 21 anos, és inteligente e bonita e gostosa, embora não mostres o corpo e a beleza que tens, mas tu vais querer seguir a tua vida mas quero que saibas que és a minha menina e como tal vais estar sempre comigo -diz sério e passado a mão no meu rosto e nesse momento eu queria afastar-me e correr mas não podia- E nem penses que outro homem te vai tirar de mim, tu és minha MinHee e quem te tocar desaparece da tua vida para sempre -diz e eu sinto vontade de vomitar, vomitar a sério-

Eu: Então eu vou ter de viver contigo? Sem poder ter namorado, marido e nem uma filha posso ter -digo sério e vejo que ele sorri-

Pai: Pequena se quiseres uma criança e uma família podemos resolver isso na altura, até lá espero por isso, eu também quero crianças pela casa mas acho que queres acabar a universidade primeiro -diz continuando a passar a mão na minha cara e depois no meu cabelo e depois puxa-me e dá-me um beijo na testa- Vai estudar e depois jantámos juntos, hoje eu faço o jantar, quando estiver pronto chamo-te -diz com um sorriso e eu subo rapidamente-

Quando chego ao quarto começo a chorar, o medo naquela sala tinha-me consumido, enquanto ele falava eu tinha um sentimento estranho, ele sorria mas eu não sentia que aquilo significava algo bom, quando ele estava feliz as pessoas à volta dele não estavam, eu tenho medo e estou sozinha, tenho estado sozinha nos últimos anos e vou continuar sozinha ao que parece. O Chanyeol nunca me poderá ajudar nesta situação, provavelmente pensará que estou a inventar e que sou maluca. 

Fiquei deitada na cama até que ele me chama, desço as escadas a tentar parecer normal, ele não gostava que eu tivesse medo dele, mas eu tenho e neste momento está complicado não ter, a maneira como ele, o que disse e como ele me tocou, deixou-me assustada e em pânico, o que é que ele queria dizer com aquelas coisas? Sentei-me em frente a ele e ele sorriu, a mesa estava decorada com velas e tudo, cada vez ficava mais bizarro, eu estava assustada e queria fugir.

Pai: Gostas da decoração? Quis fazer algo especial para a minha menina que eu percebo às vezes que já é uma mulher -diz sorridente e eu sorrio meio forçada, eu não queria fugir, eu queria ir embora daquele sitio, sumir completamente mas não podia, não tinha para onde ir e não tinha maneira de fugir dele, ele era maluco, não... doentio-

Eu: Claro pai -digo começando a comer mas sentia que a qualquer momento eu ia vomitar, tinha o estômago às voltas desde que tinha saído da beira dele a primeira vez, os nervos e os meus pensamentos davam-me a volta à barriga-

Pai: Eu vou tratar-te como tu mereces, vou-te tratar como uma mulher merece e mais nenhum homem te vai tratar bem, os homens são lixo, usam e deitam fora, eu nunca te farei isso pequena -diz e eu paro de comer porque já não conseguia comer mais-

Eu: Pai não estou com muito apetite -digo fingindo que nada se passava e ele olha preocupado para mim-

Pai: Vai para a sala, eu vou comer mais um bocado e já vou para a tua beira -diz e eu fico nervosa outra vez, eu queria estar sozinha, eu não queria estar com ele naquele sofá-

Eu: Estou enjoada ainda vomito para cima de ti, é melhor ir para cima -digo tentando fugir dali-

Pai: Não te preocupes, não te vou deixar sozinha nesse estado, vai para o sofá e vê um pouco de televisão que eu já vou ter contigo -diz sorridente e eu dou um sorriso mesmo e quando me viro fico séria-

Eu fui para o sofá e estava a tremer de medo, ele chega passados uns segundos e começamos a ver televisão, a cada minuto que passava eu sentia-me mais constrangida, ele sorria feliz sem perceber o que se passava e o nojo na minha cara, eu não conseguia parecer feliz, de 5 em 5 minutos ele perguntava se eu estava bem mas eu não estou bem, eu estou com vontade de me trancar no quarto e não sair, eu estou com medo caralho. Alguém me ajude.

Passou algum tempo e chegou a hora de dormir, finalmente, eu implorei tanto por isso, ele subiu as escadas comigo e depois virou-se para mim.

Pai: Tem cuidado, se te estiveres a sentir mal chama-me ou vem ter comigo e se amanhã estiveres assim não vás para a universidade -diz e dá-me um beijo na testa, eu assinto e entro rapidamente no quarto-

Mal entro no quarto visto o pijama e meto-me debaixo dos cobertores, os enjoos passaram mas eu ainda tinha medo e levantei-me rápido para trancar a porta e voltei para a cama, depois de algum tempo a tentar consegui adormecer. Mas a noite não correu muito bem, acordava de meia em meia hora com pesadelos e com medo de que algo acontecesse. No dia seguinte quando acordo vou para a escola sem fazer barulho para ele não acordar e eu não ter de o ver, enquanto estava no autocarro lembrava-me de tudo e dava-me vontade de fugir para longe.

Porque é que a minha vida é uma merda tão grande? Eu alguma vez serei feliz ou pelo menos livre? 

Red Love ✦ Park Chanyeol ✦Onde histórias criam vida. Descubra agora