Red Love ✦ Park Chanyeol ✦

❈ Capítulo 10

MinHee POV

Tudo estava bem até o Chanyeol começar a falar em família, o que é que eu podia dizer sobre a minha? Que o meu pai era um maluco lunático que tinha matado a minha mãe? Não, isso não me parece algo para dizer. Muito menos a ele.

Chan: E como é a tua família? -pergunta curioso enquanto bebia um pouco visto que já tínhamos comido muito-

Eu: Pequena, sou filha única, os meus pais também eram filhos únicos,a minha mãe desapareceu e vivo com o meu pai, nada demais -digo, eu não estava a mentir, só estava a ocultar pequenos detalhes-

Chan: Então és só tu e o teu pai? E como é que ele é? -pergunta ainda mais curioso e prestando atenção ao que eu dizia-

Eu: Bem como sou a única pessoa que lhe resta ele é muito protetor e por isso ele quer-me sempre antes das 6 e meia em casa e não gosta muito que tenha amigos e amigas, as pessoas são perigosas. Mas eu não posso ficar sozinha a vida inteira. -digo dando de ombros e ele parecia concordar-

Chan: Bem é normal que ele te queira proteger mas impedir que saias e que tenhas amizades e essas coisas não te ajuda em nada. Para aprendermos também temos de ter os nossos desgostos e as nossas felicidades, mas não sei, um dia vais ter a tua liberdade -diz e eu só tive vontade de me rir, mas era daqueles risos para não chorar, o máximo de liberdade que eu podia ter era acabar como a minha mãe, morta-

Eu: Claro... Um dia -digo e dou um sorriso meio fraco e penso em alguma forma de mudar o assunto- Então como estão os teus outros amigos? -pergunto mudando o assunto e dizendo a primeira coisa que me ocorria-

Chan: Estão bem. O Lay foi gerir a empresa da família na China e então só nos visita de vez em quando, quando pode vem cá. O Suho e o Xiumin estão cada um na sua empresa. O ano que vem estaremos nós a fazer isso. Tirando a parte que eu vou governar o império da minha família -diz e parecia animado por isso-

Eu: Ah, pois é. Os teus pais têm muitas empresas, nem me lembrava. -digo sendo sincera, quando vês a pessoa durante tantos anos esqueceste que essa pessoa é herdeira de uma das maiores fortunas da Ásia, era o caso dele com a fortuna da família dele, tinham empresas, hotéis, não havia nada que a família dele não tivesse e a cada coisa era mais dinheiro que ganhavam-

Chan: É um pouco difícil de esquecer mas sim vai ser difícil. Mas acho que devo conseguir, não sou bem como o meu pai queria que eu fosse mas ele está feliz mesmo que seja minimamente feliz -diz e dá de ombros e ao falar do pai noto que havia um sentimento diferente, ele já não parecia tão confiante, havia algo entre ele e o pai, mas não seria novidade, nem tudo em ser rico era bom-

Eu: Não te preocupes, vais conseguir basta quereres e esforçares-te, com isso uma pessoa consegue tudo o que quer e precisa -digo e ele dá um pequeno sorriso e olha para as horas, vejo ele a tirar a carteira, paga e levanta-se-

Chan: Vamos, já são 6, não quero problemas para o teu lado -diz e quando ele ia descer a rua eu digo para ficar ali- Porquê? -pergunta parando o carro e olha desconfiado para mim-

Eu: Não adianta estares a descer e fazer manobras ali, pode ser perigoso -digo e ele concorda ainda um pouco desconfiado-

Chan: Tudo bem, até amanhã. Obrigada por tudo. Se precisares de algo liga-me. -diz enquanto eu saia do carro-

Eu: Eu é que agradeço, até amanhã -digo dando um sorriso e fecho a porta do carro e desço a rua-

Quando chego a casa vejo o meu pai no sofá mas olhava para mim como se quisesse falar comigo e percebo que ele queria, vou até ele depois de pousar a mochila e sento-me ao lado dele.

Eu: Que se passa? -pergunto calmamente sentando-me ao lado dele-

Pai: Andas a sair com alguém MinHee? -pergunta e estava sério, e sóbrio, ele nunca estava sóbrio por esta hora, só quando lhe contavam coisas sobre mim que ele não gostava-

Eu lembro-me de que uma vez a minha vizinha (uma mulher da idade do meu pai, solteira, que sempre quis estar com ele) e ela foi ter com ele e contou-lhe que eu andava a falar com um miúdo da vizinhança (o Ricky) e o meu pai ficou furioso, levou-me para a cave e deixou-me lá no meio da sujeira sem ter onde dormir e nada para comer, fiquei lá 2 dias, ele sempre dizia que ninguém podia tocar na menina dele, eu fiquei cheia de medo e pensei que ia morrer, eu tinha apenas 12 anos e o Ricky tinha 15 anos, eu era apenas uma menina e como ele sempre metia conversa comigo eu respondia. Depois disso nunca mais tentei agir pelas costas do meu pai, bem até este ano e acho que acabei de ser apanhada, ou talvez não. Por favor, não quero passar pelo mesmo outra vez.

Eu: Eu não ando a sair com ninguém. Porque dizes isso? -pergunto com normalidade e calma, se eu mostrasse algum sinal de nervos ele notaria-

Pai: Contaram-me. Diz a verdade MinHee ou será pior -diz ameaçador e eu estava a morrer de medo mas continuava sem mostrar-

Era agora que eu ia morrer? Fodeu. Vou morrer aos 21 anos, triste isso.