Não quero nada a não ser

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Clara teve que arrumar tudo de última hora, por mais preparada que tivesse ido para a viagem, não tinha planejado nada grandioso para o lado sexual, porém Marina tinha aprontado com a bota e a melhor forma de dar uma lição da esposa, era na cama.

Ficou feliz quando achou a calcinha que queria dentro da mala, tirou todo o resto da roupa e vestiu a peça, pegou um roupão de seda e ficou olhando para o quarto. Sentiu a brisa da noite passar pela janela e sorriu. Esperou pela fotógrafa do lado de fora, e quando ouviu a voz que seu corpo reconheceu de longe, chamou por ela e mordeu o próprio lábio em ansiedade.

-E agora? – A branca sorriu se aproximando um pouco mais.

-Agora tá fervendo. – Clara virou-se para a esposa e desatou o nó do roupão, deixando que ele caísse no chão. Sorriu lascivamente ao ver o brilho de desejo nos olhos da fotógrafa.

Marina olhou sem nenhum pudor para o corpo morena, devorou Clara com os olhos e deu mais um passo para perto da mulher, quando ela levantou o braço impedindo que se aproximasse mais.

-Calma meu amor. – Clara sorriu. – Acha que vai ser assim fácil?

-E alguma coisa é fácil com você? – Marina respondeu provocando.

-Não. – A morena olhou para o sofá simples que tinha na varanda e ordenou. – Senta ali.

-Sério? Aqui fora? Se as meninas acordarem? – A fotógrafa sussurrou realmente preocupada com um possível flagra.

-Não faz barulho que elas não acordam. – Foi a vez da morena dar um passo mais perto da branca. Marina tentou tocar em Clara, mas a mulher escapou. Sorrindo a fotógrafa fez o que foi ordenado.

Clara pegou uma das cadeiras e colocou na frente de Marina.

-Eu acho que eu já ganhei esse jogo. – A branca sorriu com a lembrança. Clara ignorou e sentou na frente de Marina.

Abriu as pernas e apoiou os pés na ponta do sofá, um de cada lado do corpo branco. A calcinha que Clara usava, a pequena calcinha branca, tinha uma fenda que deixava o sexo todo exposto. A visão tirou Marina do chão, mais uma vez ela tentou ir na direção da morena, mas o pé direito alcançou seu peito e freou sua ação.

-Nada disso. – A morena sorriu maliciosa. – Alcança o vinho.

Clara fez sinal com a cabeça, Marina olhou para onde a morena queria e encontrou a garrafa em cima da mesa de vidro. Ainda sentada, a fotógrafa alcançou o vinho, encheu a taça e entregou para a morena. Tinha só uma taça e enquanto Clara bebeu lentamente, ela ficou esperando o que viria a seguir.

-Você está muito vestida. Fica só de lingerie. – Clara sorriu.

-Você tá muito mandona. – Marina rebateu, mas obedeceu. Tirou sua blusa e depois o short que usava. Jogou as roupas no chão e passou as mãos nas canelas da morena. Clara bebeu novamente e fez que não com a cabeça para a ação da branca, que parou na hora.

-E você muito obediente. – Clara inclinou o corpo para frente. – Ganha um prêmio.

A fotógrafa inclinou o corpo na direção da morena, e recebeu a taça. Clara riu da cara que Marina fez quando entendeu o prêmio. Depois que a branca tomou um gole, a morena voltou a posição anterior.

-Sobre o jogo que você venceu aquela vez...

-E algumas outras. – Marina interrompeu.

-E algumas outras. – Clara concordou e riu. – Hoje é minha vez, e você tem que manter essas mãos bem longe dos nossos corpos, ou vai perder tudo.

Se Non Te parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora