Não peço nada a não ser

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Marina olhou para as duas filhas, e percebeu que dessa vez não teria a ajuda da morena para a resposta. Lembrou-se da conversa que teve dias antes com Fernanda, das milhares de discussões que teve com o pai, pensou muito bem e respondeu.

-No momento a gente só agradece a Fernanda pela ajuda que ela deu. – A fotógrafa respondeu firme. – Depois a gente vê o resto.

Laurinha sorriu e concordou com a cabeça, imitando Clara aproximou-se de Fernanda, estendeu a mão e agradeceu a mulher. Já Isa ficou parada ao lado de Marina, e fez um sinal de longe, sem falar nada.

-Obrigada por tudo Fernanda. – Marina disse ao lado da branquinha.

-Não foi nada, se precisarem de qualquer coisa, vocês podem voltar lá. Garanto que o atendimento vai ser excelente. – Fernanda respondeu e sorriu para a morena.

-Ops. – Clara riu envergonhada acompanhada da mãe.

-Que foi? – A fotógrafa perguntou perdida.

-A mamãe puxou a moça da porta pela camisa e perguntou bem brava onde você e a Isa tava. – Laurinha respondeu, com direito a imitar as feições da morena.

Marina começou a rir, enquanto a morena ficou ainda mais vermelha. Como as meninas ainda não tinham tomado o café da manhã, fizeram algo mais relaxado na sala mesmo. Conversaram tranquilamente, e souberam por cima o que aconteceria com Vanessa agora.

Apesar dos traumas que ainda teriam que lidar, pois nem Isa nem Laura queriam ficar longe das mães, conseguiram seguir adiante com o primeiro dia de volta para casa. Numa tentativa de manter os planos e a rotina, fizeram a mudança de Helô naquela tarde. Marina, por causa do pé, ficou impossibilitada de ajudar com o peso das malas da sogra, restando para Clara, Heloísa e as meninas trazerem as malas e objetos pessoais da mulher.

-É isso. – Helô falou quando o carro ficou vazio e suas coisas estavam no quarto de hóspedes que ela ocuparia por enquanto. – Já falei com o Cadu e amanhã ele e o Ivan passam no apartamento para pegar as louças.

-Louças? – Marina perguntou assustada. Tinha perdido as contas de quantas caixas e malas haviam no quarto naquele momento.

-Lógico, acha que vou deixar minhas panelas pros outros usarem. – Heloísa respondeu. – Elas ficam guardadinhas até o espaço lá atrás ficar pronto.

-E eu achava que eu tinha coisa. – A fotógrafa falou e Clara riu.

-Amor, você só leva mala quando muda de casa, nós os reles mortais, levamos tudo. – A morena falou.

-Até a geladeira, que por sinal vou precisar de espaço pra guardar ela aqui, porque baby, a minha geladeira super mega hiper power que me custou um rim eu não deixo pra trás mesmo. – Heloísa disse.

-E você preocupada que sua mãe ia ficar sozinha amor, ela e a geladeira tem um caso mais sério que o nosso. – Marina respondeu rindo.

-Como se namora com uma geladeira? – Isa perguntou para a avó.

-É nessas horas que você não escuta a sua mãe. – Heloísa respondeu, enquanto Clara e Marina gargalhavam.

-A vó vai arrumar um namorado ou uma namorada? – Laura perguntou, abrindo as malas igual a mãe e a avó faziam.

-Nenhum dos dois. – Helô falou. – A vó já ficou lavando cueca por muito tempo, pra começar a lavar de novo.

-Mas menina usa calcinha. – Isa rebateu.

-Mesma resposta. – Heloísa riu para a neta. – Passa essas roupas pra vó.

Isa e Laura sentaram na frente da mala e começaram a entregar as roupas para Heloísa, enquanto Marina ajudava Clara com outra mala.

Se Non Te parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora