Às vezes eu sinto como se estivesse, literalmente, em um penhasco, pisando cuidadosamente perto da beirada. Sinto o ar entrando em meus pulmões, preenchendo-me e deixando-me mais leve. Por alguns segundos, a calmaria toma conta do meu ser. Mas só até todo o peso dos meus últimos anos cair sobre meus ombros.
E então é como se o chão em que eu estava pisando, começasse a rachar e em questão de segundos estou em queda livre. Caindo, caindo, caindo. Respirando o ar de forma nervosa e assustada, balançando meus braços e pernas como se de alguma maneira isso fosse ajudar.
Mas tudo acaba numa vasta escuridão, e eu percebo novamente que estou entregue ao vazio de minha alma.
— trinta e um de março
2018.
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Cor Mortem
Poetry𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾 𝖼𝖺𝗋𝖽𝗂𝖺𝖼𝖺. | o gosto amargo da morte em meus lábios e o coração explodindo no peito de tanto sentimento. #15 em poesia (09.11.2019) ♡ #11 em poesia (21.02.2020) ♡ #09 em poesia (22.02.2020) ♡ #02 em poesia (23.02.2020) ♡