Capítulo 6

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— Como podem ver é um imóvel completo, dinâmico e bem centralizado. Tem escolas, supermercados e farmácias por perto. Sem falar que é um dos mais luxuosos e seguros residenciais de Vancouver. Tenho certeza que não terão do que reclamar — dizia o corretor enquanto Owen e Ellis analisavam o apartamento que decidiram alugar por enquanto.

Owen preferia uma casa, mas não teria tempo nos meses que seguiriam para procurar algum bom imóvel, fazer ajustes ou decoração. Também não queria deixar Ellis com todas essas cargas nas costas. Decidiram então procurar um apartamento e depois que a criança estivesse maior poderiam então escolher uma casa com um amplo jardim como queria.

Posicionou-se atrás dela beijando os cabelos loiros enquanto Ellis admirava o largo vão que já imaginava como o quarto do bebê.

— Podemos por um berço ali e uma prateleira com ursinhos do outro lado. — Apontou para os locais esperando que ele pudesse visualizar o que ela dizia.

Owen sorriu.

— Gostou, meu amor? — perguntou carinhoso.

— Sim, mas... Não achou muito caro? — sussurrou para Owen.

Ele deu de ombros.

— Só vou precisar vender um rim para pagar os aluguéis, mas por vocês o sacrifício vale a pena.

Acariciou o ventre dela cheio de expectativa. Ellis virou-se em seus braços e o beijou nos lábios com carinho. Há dois meses tinha deixado Vitoria para se juntar a Owen definitivamente em Vancouver. Seus pais se surpreenderam ao saber da gravidez assim como os pais dele que ela ainda não tinha tido oportunidade de conhecer pessoalmente, mas que Owen havia prometido apresentar-lhe em breve. Sua gravidez estava indo muito bem, seu bebê apesar de pequeno estava forte e saudável. Com a atenção e o carinho de Owen, se sentia melhor ainda. Faziam planos para o futuro a todo tempo, não conseguiam parar de pensar no que estava por vir e não escondiam a excitação por isso.

No dia seguinte ao que tinha lhe revelado a gravidez, Owen havia reafirmado que a queria ao lado dele, que pretendia ter uma família com ela. Sentiu-se tão feliz, mas ao mesmo tempo receosa, não sabiam muito um sobre o outro, sobre a personalidade, costumes ou estilo de vida. Ele também afirmou que estava com receio do que cada um pudesse revelar sobre si no dia a dia, mas que estava disposto a fazer dar certo.

— Fomos para a cama no mesmo dia em que nos conhecemos, isso foi rápido demais. Agora a vida está nos dando uma resposta à altura. Não podemos fugir disso e nem voltar atrás, foi escolha nossa, um risco que assumimos, teremos que lidar com ele da melhor forma possível.

Owen era muito prático e equilibrado, dois meses eram pouco tempo para conhecer alguém, mas o que descobria sobre ele a cada dia a deixava mais encantada. A cada minuto caminhavam mais um passo em direção ao outro, confiavam mais um no outro, se amavam mais.

O abraçou descansando a cabeça no ombro dele.

A honestidade de Owen sobre seus sentimentos em relação a ela também a deixavam segura. Era sincero ao dizer que com o tempo o amor surgiria e que o respeito por ela sempre existiu. Adorava quando ele relatava o que pensou na primeira vez em que a viu e em como não conseguiu se controlar ao vê-la de minissaia aquela noite. Já recebera cartão romântico, chocolates, flores e noites devastadoras. Owen era um amante incrível, ousado, intenso, mas também doce e apaixonado.

Suspirou tão alto que ele sorriu.

— Dizem que quando uma mulher suspira assim, uma geleira no ártico derrete. Está fazendo mal ao meio ambiente, senhora Hughes! — brincou o corretor divertido a fazendo rir. Todos já haviam percebido o quanto ela estava apaixonada pelo pai do seu filho.

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