Capítulo 14 - O Pai De Emma

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O telefone toca, Clay atende, era o porteiro falando que Camille havia chegado, ele autoriza que ela suba, alguns minutos depois, ouvem-se batidas na porta, Emma vai até ela e atende-a, sua mãe entra no apartamento abraçando a filha mais nova rapidamente.

-Emma, como é bom ver você, minha filha...-disse Camille sorrindo, em seguida, afastando-se da moça-Eu precisava visitar vocês, dei um tempo no serviço apenas para isso.

-É bom mesmo que tenha vindo, mãe...-disse Emma, em seguida olhando para Clay-A gente tem que conversar sobre algumas coisas.

-Clay, você parece estar melhor do que quando saiu do hospital...-disse Camille abraçando-o, em seguida, também afastando-se dele-Também, se passaram meses desde aquele ocorrido.

-Sim, estou bem melhor...-disse Clay sorrindo-Já comecei a trabalhar novamente.

Camille caminha na direção do sofá, sentando-se no mesmo, Clay senta-se ao lado da mulher, Emma dirige-se até onde eles estavam, sentando-se na mesa de centro feita de madeira, ficando de frente para os dois, precisava encará-los e mostrar que estava falando sério sobre o assunto delicado no qual ela iria tocar naquele momento.

-Mãe, como eu falei agora a pouco, nós precisamos conversar...-disse Emma-E o assunto é muito sério.

-O que houve?-perguntou Camille um pouco assustada-Emma, o que aconteceu?

-Digamos que mexeram no caso Beresford nesses últimos dias e o juiz marcou uma audiência para Segunda, ou seja, amanhã...-disse Emma-Eles precisam de testemunhas, isto é, as pessoas que estavam presentes no dia da cirurgia e na vida de Clay.

-E as nossas testemunhas são a Emma, o enfermeiro Larry, o doutor Neyer, a Elizabeth e você, Camille...-disse Clay-Eu também estarei lá porque fui a vítima e fiz a cirurgia praticamente acordado.

-Ou seja, vou ter que ir na audiência para testemunhar...-disse Camille-Tudo bem, eu vou, não tem problema, se eu não me engano, não tenho nada para amanhã, ajudarei no que puder.

-Eu sei disso, mas o que precisamos conversar vai muito mais além do que apenas a sua boa vontade e ser a testemunha do caso...-disse Emma-Como toda a audiência, nós vamos estar de cara com os culpados, isso significa que vamos encontrar o doutor Harper, a Penny, a Sam e o doutor Puttnam.

-Ótimo...-disse Camille-Vou sentar a minha mão na cara de todos eles.

-É isso que queremos pedir...-disse Clay-Por favor, não se exalte no dia da audiência, isso pode trazer complicações para você e para nós.

-Mãe, nós dois sabemos que você tem muita raiva de todos eles, principalmente da Sam pelo que ela fez com todos nós...-disse Emma-Por ela ter me agredido quando fui tentar prendê-la, por ter enganado Clay e muito mais, mas se você agredi-la na frente do juiz, ele não vai deixar de lado apenas por você ser minha mãe, ele vai lhe prender.

-Nós sabemos que eles tentaram me matar, que injetaram algo no coração que seria transplantado, que fingiram ser nossos amigos o tempo todo para me enganar...-disse Clay-E sabemos que de fato, eles tem um pouco de culpa pelo suicídio da minha mãe para me salvar, que eles tentaram fugir, agrediram a Emma, mas temos que deixar isso nas mãos da justiça, eles quem vão fazer alguma coisa.

-Tudo bem, eu acho que entendi...-disse Camille-Vocês estão me pedindo que eu mantenha a calma no dia da audiência para que não perca as estribeiras e que não acabe presa por agredir eles.

-Isso, tudo que queremos é apenas que fale seu relato, dê seu testemunho...-disse Emma-Você estava lá mãe, é só falar o que sabe.

-Tudo bem, faço isso por vocês...-disse Camille sorrindo-Mas quero deixar claro que vou largar tudo isso na cara dela no dia da audiência.

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