Eu não sei.
Eu apenas não sei.
Não estou falando da minha
comida favorita.
Nem da minha banda favorita.
Estou falando de não saber.
Não, também não estou falando
da minha cor predileta.
Muito menos do meu livro
ou série favorita.
Eu só não sei.
E eu não estou falando de nada disso
de que, talvez,
você possa estar pensando.
Eu estou falando daquela sensação agoniante dentro do peito.
Daquele gelado no estômago
e do nó sufocante na garganta.
Das lágrimas involuntárias
que molham o travesseiro
nas noites mais difíceis.
Estou falando daquela dificuldade em levantar de manhã,
aquela dificuldade que eu sei que
não é preguiça.
Daquele cansaço inexplicável e diário.
Da apatia e indiferença pelas coisas
que não me permitem sentir prazer
em fazer nada do que antes
eu gostava.
Estou falando de não conseguir
dormir de noite.
Daquela sensação de estar fazendo
tudo errado.
Da irritação e raiva irracionais.
Quando eu digo que não sei,
Estou falando de mim.
Estou falando dessas sensações e hábitos.
Estou falando da angústia, do medo,
da tristeza sem motivos aparentes.
Estou falando de não saber.
Estou falando que eu apenas não sei.
Quando eu digo que não sei,
Eu me refiro a não saber
se vale a pena viver
se for para me sentir assim.
(Texto Autoral)
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Words Aren't Always Like Cotton.
PoetryPalavras nem sempre são como algodão. Às vezes, elas são duras como rochas. Outras, são como chuva de canivete. Palavras, meu bem, não são como algodão. Não são macias, não são confortáveis, não são adoráveis. Palavras machucam. Ou, apenas, um co...
