Todos conhecem a história da Bela Adormecida. A princesa Aurora espetou o dedo numa roca e dormiu profundamente, até receber o beijo do amor verdadeiro.
Acontece que ninguém conhece a real identidade da pessoa que condenou a pobre jovem a morte...
Aurora sai de casa com um ânimo que nunca sentiu antes.
— Tias, eu colherei framboesas para preparar uma torta!
— Certo, querida. — Primavera começa.
— Tome cuidado. — Flora continua.
— E não fale com estranhos! — E Fauna finaliza.
Rindo, ela morde o lábio e sente que quebrou a regra. Mesmo assim, não pode deixar de fazer isso. É uma pessoa nova! Um feiticeiro!
Corre com a cesta para o lago e olha ao redor, empolgada. Sorri ofegante e ansiosa para que o desconhecido chegue.
Infelizmente, ela não sabe que Mal está nesse exato momento sentado em seu trono repleto de raizes, balançando a perna. Ele se mexe inquieto e o seu corvo pousa em seu ombro. Em sua mente, há um debate em que um lado quer que ele vá e o outro não.
Cansado, Malévolo olha para o caldeirão, onde a imagem de Aurora descansa.
— Eu vou! — Levanta-se com tudo e então se corrige: — Mas só para afastar qualquer rastro de Phillip...
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Está tarde. A jovem suspira e olha para o céu, onde o sol já deixou tudo em tons alaranjados.
— Ele não gostou de mim. É isso. — Diz com tristeza e se levanta da pedra que deixou seu traseiro quadrado.
Pega a cesta do chão e caminha em direção a sua casa, frustrada.
— Quando começamos a praticar magia, sempre temos que ter em mente que precisamos ser otimistas.
Aurora para e vira instantaneamente, logo o encarando. Mal sorri torto e ela sorri de volta.
— Pensei que você não viria.
— Pensou errado. — Ele fala, simplesmente.
A loira ri e vai para perto dele. O homem engole em seco e dá um passo para longe, mantendo a distância.
— Como é que você virou feiticeiro para poder criar e desaparecer com as coisas?
Uma ideia maldosa surge em sua cabeça e ele aponta para o lago com o cajado.
— Nasci assim.
Então, a água se ergue como se tivesse vida. Aurora fica boquiaberta, maravilhada e Malévolo sorri torto, indicando-a com o cajado. A água começa a perseguí-la.
Ela gargalha alto e corre o mais rápido que pode, mas tropeça numa rocha perversa e cai com tudo no chão. A água derrama sob ela e Mal interrompe o feitiço na hora. Uma preocupação o toma pela mais nova estar parada e ele se aproxima dela.