07 - Encontro Arruinado

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O resto da semana foi muito corrido apesar de Erik achar que não. O fim de semana prometia ser especial e sua ansiedade aumentava a cada dia que passava.

Ele viu tutoriais da internet sobre como hackear a frequência de rádio da polícia para ficar sempre por dentro de qualquer assalto que ocorresse nas redondezas. Já fizera uma lista de possíveis desculpas que daria para o chefe caso necessário (por sorte não pegavam tanto no pé dele). A mochila agora escondia seu uniforme além de guardar seus materiais de desenho.

Vez ou outra ele conseguia escapar para impedir assalto a bancos próximos. Em uma das vezes, quando tomou a bolsa de dinheiro de um dos assaltantes com um fio de teia, o segurança do local começou a atirar nele achando que se tratava de algum cúmplice do assalto.

- Ei seu guarda! Eu sou do bem! - Erik gritou desviando das balas. - Para de atirar!

Ele teve de jogar a bolsa na cara do segurança para que ele parasse os tiros. Os bandidos fugiram no meio dessa confusão, mas a culpa não fora dele se quiseram atrapalhar seu heroísmo.

- Nossa, parece que nunca viram o desenho do Homem-Aranha na TV. - falou consigo mesmo no elevador de volta à Oscorp.

Outra tarde, enquanto voltava de um assalto á uma loja de doces (a doceria estava falida e os assaltantes acabaram desistindo do ato), ele viu uma garota chorando porque o gato estava preso nos galhos mais altos da árvore em frente em casa. Como ainda estava com o traje, Erik decidiu ajudar, se arrependendo amargamente depois quando foi arranhado da cabeça aos pés pelo gato ranzinza. Ele teve que fazer outra máscara e aprendera a deixar sempre um uniforme extra, caso precisasse.

Quando a recepcionista estranhou o aparecimento de Erik na entrada do prédio, ele passou a sair pela porta da frente, arrumando a desculpa que começara a fumar. Se alguém o pegasse saindo e entrando da Oscorp pela janela vestido de Homem-Aranha, arrumaria problemas para o resto da vida.

Nenhuma das vezes os atos chamaram a atenção da mídia. As únicas pessoas que o viam nos seus atos de heroísmo e diziam para os entrevistadores, eram julgados como doidos. A Era dos Heróis havia acabado. Ninguém mais acreditava que algum herói sequer apareceria para ajudar com seus poderes e habilidades fora do normal. Felizmente Erik não fora pego por nenhuma câmera amadora, não queria ficar exposto como o único justiceiro mascarado de Nova York. Ele sabia que não era o único.

Vez ou outra, ele encontrava uma garota que parecia uma cosplay de maga. Ela usava magia de verdade, e isso o deixou impressionado. Era como um Doutor Estranho, versão feminina.

Ela era ágil e parecia ter mais experiência que Erik em salvar pessoas.

Ele manteria a aparição da garota em sigilo, já que ela também nunca era anunciada em jornais ou televisão. Sentia-se feliz em saber que mais alguém naquela cidade pensava no bem dos cidadãos. Que zelava por eles.

Depois de chegar exausto em casa (ele teve uma certa dificuldade em lutar com um grupo de raptores que mantinham duas crianças em cativeiro, mas que finalmente ele havia conseguido salvá-los), ele ligou o Skype para conversar com sua irmã mais velha.

- Hey maninho! Como andam as coisas por ai?

- Vão super ótimas mana! Esse mês tá meio corrido por conta de um... estágio que eu to fazendo, mas tá tudo indo bem!

- Nossa, que menino trabalhador. Vai se matar de tanto trabalhar não hein... e como vai os chefes da casa? Tá dando trabalho para eles não né?

Erik virou os olhos.

- Nossa, parece a mamãe falando. Não, não estou dando trabalho... eu sou um santo, você sabe.

- Sei... Da última vez você tentou pular de cima de casa achando que era o Homem-Aranha...

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