Spider-Man: Legacy

12 - Ataque dos Duendes

Quando viu a quantidade daquelas criaturas no céu, tinha plena certeza de que não conseguiria lidar com aquilo sozinho. Mas o problema agora era que não sabia a quem recorrer. Ou talvez o tempo todo soubesse. Não queria chegar ao nível de usar aquilo como ajuda, seria admitir que o nível de emergência era alto demais e no fundo sentia medo por estar certo quanto a isso. Porém, a quantidade de monstros no céu era muito mais do que um nível alto de emergência. É, ele realmente estava certo, e seu coração queria saltar pela boca.

A cada segundo os duendes vinham mais rápidos para a cidade, prontos para o ataque. Alguns com armas de fogo tecnológicas, outros com bastões e lanças (de onde tinha tirado aquelas armas?). Todos eles com asas de morcegos. Estavam prontos para mutilar todos á sua frente, a população inteira de Nova York.

Erik precisaria da ajuda daqueles heróis que viviam escondidos, como a Nádia, sua amiga. Talvez eles não negassem um pedido daqueles, afinal, todos queriam a segurança das pessoas independente se estavam fazendo suas vigílias às escondidas ou não. Quando olhou para a câmera nas mãos de um jornalista em um dos helicópteros que passava por perto, teve a brilhante ideia.

Ele lançou suas teias e se balançou pelos prédios de nova York o mais rápido que conseguia, quando foi interferido por uma daquelas criaturas.

O ataque havia sido alertado pelo sentido aranha, mas Erik estava concentrado demais para prestar atenção. O chute nas costas o fez cair alguns metros até que ele estendeu as mãos e aderiu a parede ao lado. Ufa, obrigado poderes de aranha!

A criatura-duende veio para mais um ataque direto, com as garras em riste e os dentes à mostra. Ele sentiu um arrepio subir pela sua coluna. Era extremamente parecida com a criatura da qual Peter o salvara daquela vez.

Ele desviou do ataque com um salto e lançou uma teia no rosto da criatura, que foi diminuindo de altura por perder momentaneamente a visão.

E enquanto se posicionava em uma das escadas de emergência do prédio ao lado, Erik ouviu gritos vindos das poucas pessoas que ainda restavam na cidade. Foi algo que ele desejou nunca ter feito. Carros zigue-zagueavam pelas ruas e batiam em hidrantes ou entravam desgovernadas em lojas, gerando explosões e gritos.

Uma senhora na calçada foi capturada e serviu de alimento para um dos duendes. O sangue espirrou para todos os lados enquanto o grito na garganta da pobre senhora diminuía até se tornar um leve gemido e enfim desaparecer.

A vida saindo dos olhos daquela senhora deixou Erik paralisado. Ele não iria conseguir suportar aquilo novamente, porque desta vez várias pessoas estavam sendo atacadas ao mesmo tempo. Pessoas eram carregadas nos céus pelas criaturas aladas, outras eram encurraladas por mais de três, todas ao mesmo tempo! Seria impossível ajudar a salvar tantas vidas! Ele estava confuso por não saber quem deveria ajudar. A maioria corria desorientada e abalada pela visão do ataque e pelos carros e explosões ao longo da avenida, sem direção para ir. Era como um formigueiro gigante sendo atacado.

Até que um estalo o acordou para a realidade. Ele não podia ficar parado apenas olhando, teria que agir, fazer algo realmente produtivo, para só então as mortes não acontecerem em vão e conseguir evitar que mais alguém perecesse. Era a única forma de impedir que mais pessoas morressem.

Ele sacudiu a cabeça, tentando afastar as lágrimas que já se formavam. Com uma teia ancorada no edifício mais próximo, ele se balançou até o helicóptero que transmitia as imagens e que por sorte não havia sido atacado ainda.

- Ei, vou precisar disso um minuto! - Ele gritou acima das trovoadas das hélices. Agarrou o controle da mão do repórter e se virou para a câmera de um jovem estupefato ao ver o Homem-Aranha na sua frente. - Isso tá transmitindo ao vivo?