All I want for Christmas

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Bom, chegamos aqui ao fim da nossa fic de Natal! Agrademos de coração a todos os leitores, e que a magia do Natal, e o que essa data celebra, não fiquem só no fim do ano, mas nele inteiro! 

Natal de 1986

Eleven arrumava o pinheiro que tinha feito Hopper comprar, afinal de contas, nada como uma linda árvore de Natal para celebrar a união dele e de Joyce e a casa nova. A garota havia ajudado o pai a escolher a casa e estava maravilhada com seu quarto decorado em tons de rosa e, principalmente, com o fato de que agora ela, Hopper, Joyce, Will e Jonathan formavam uma só família. Mesmo que o rapaz mais velho estivesse morando em Nova York, ele tinha um quarto lá, onde deveria ficar quando voltasse à Hawkins naquele fim de ano.

A garota desenrolava os fios de pisca-pisca (parecia que Joyce tinha uma coleção infinita de luzinhas coloridas), quando o xerife entrou na sala. Era atípico ele estar em casa naquele horário, no fim da tarde.

— Que bom que você já chegou da escola. – ele suspirou, batendo um pouco de neve do chapéu.

— Por que está em casa tão cedo? – ela indagou.

— El... – o xerife coçou o queixo. – Há uma coisa que eu preciso te dizer.

O tom sério do pai fez o coração de Eleven acelerar:

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim. Han... não vou fazer muitos rodeios, ok? Não sou muito bom nisso. Enfim... – ele segurou com carinho as mãos da filha. — Sua mãe morreu. Já faz um mês, mas só agora sua tia Becky entrou em contato comigo para dizer, pois ela teve que procurar seu paradeiro. Eu sinto muito, querida. – ele a puxou para um abraço e beijou seu cabelo.

El sentiu os olhos arderem e chorou abraçada ao pai, as luzes de repente esquecidas no chão:

— Eu não pude... não conversamos... – ela falou, a voz saindo abafada.

— Uma pena, El, eu sei. Mas sua mãe estava sofrendo muito, há muito tempo. Acho que agora está descansando.

— Do que foi?

— Sua tia falou que foi um derrame cerebral.

Eleven balançou a cabeça, o olhar perdido e triste. Sem nem ao menos arrumar mais o pinheiro, ela subiu para o seu quarto, onde se trancou e chorou encolhida na cama.

Mike estranhou não conseguir falar com El nem por telefone, nem por rádio. Preocupado, ele pôs o casaco e rumou para a casa dos Byers-Hopper, que ficava agora no mesmo bairro que a casa dele e dos outros garotos.

Quem atendeu a porta foi Will, que nem perguntou o que o amigo fazia ali às oito da noite sem motivos aparentes:

— Ela está trancada no quarto há horas.

— O que houve? – Mike estava apreensivo.

— A mãe dela morreu, Hopper disse pra nós. Ela ficou mal e não quis falar com ninguém.

Mike suspirou, triste pela notícia e muito consciente do que aquilo representava para El. Ela já tinha demonstrado algumas vezes a vontade de rever Terry Ives, depois que toda a tensão com monstros e conspirações do governo tinham sido resolvidas, mas não teve tempo.

— El? É o Mike, posso entrar?

Alguns segundos depois e a porta se abriu do nada, ele não se surpreendeu, afinal, sua namorada era telecinética.

— Como você está? Will já me contou...

Ela estava com o rosto vermelho de chorar e o cabelo bagunçado; sua voz saiu triste e rouca:

All I Want For Christmas Is YouWhere stories live. Discover now