Capítulo 15

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Pov Carlota

Não consigo ficar quieta no meu lugar. O estádio já estava bem composto e a música de fundo era ótima.

Do meu lado esquerdo, eu tenho a Rita  sentada bem quieta e interditada com o seu telemóvel, já no meu lado direito tenho o Afonso que observa o lugar atentamente. O resto dos primos da família Silva estavam espalhados, mas a família estava toda em peso aqui.

Estávamos todos no estádio em paris, num camarote destinado à família dos jogadores. Estava completamente cheio, afinal era uma final, não é?

Eu já estava na capital francesa à  uns 5 dias, contudo não disse nada nem me aproximei da nossa equipa de futebol. Também não disse nada ao meu pai, a nossa relação estava cada vez pior!

Nestes dias eu tenho aproveitado para me preparar para o meu reencontro com o André Silva.  A sua prima e o seu irmão têm sido o meu principal apoio! Não tive opção de escolha, os elementos da família Silva quase que me foram buscar a Milão à força.

Não que eu não queira fazer as pazes com o André.  Eu amo-o tanto e morro de saudades dele, mas eu não quero ser um obstáculo na sua carreira. Eu gosto demasido deste jogador, para ser um encargo na vida dele.

As saudades são cada vez mais. Sinto falta de dormir com ele, dos seus braços á minha volta, dos seus beijos carinhosos e quentes logo pela manhã, do seu sorriso lindo e encantador... eu até tenho saudades dos seus roncos a dormir.  Eu só desejava beijar os seus lábios macios e abraçar o seu corpo musculado, seria pedir muito?

No entanto, se eu tivesse que recusar isso tudo só para que ele tenha sucesso e seja feliz, eu faria-o! Uma coisa que eu tinha aprendido com este amor foi o facto de quem ama, liberta. Quem ama verdadeiramente, não é egoísta! E eu amo o André com todas as células do meu corpo.

A música pára e depois de todas as celebrações normais de uma final, o árbitro dá início ao jogo. O André não está a jogar, não na primeira parte pelo menos.

O jogo decorre normalmente, algumas tentativas de golos pelas tuas equipas , mas o resultado ainda se mantém zero a zero.

De repente, percebo que houve uma falta por parte da outra equipa e o Raphael está deitado no revaldo cheio de dores. Um adversário ao querer retirar a bola do nossa jogador, acabou por lhe acertar no joelho e agora o pobre cuidado está  em sofrimento. Merda! Eu odeio ver algum dos nossos meninos com lesões!

Uma enorme confusão instala-se em campo e o Raphael têm que sair por já não estar em condições de jogar.  Vejo o meu pai muito stressado e irritado com esta situação. E não é para menos!

- Merda! - o Afonso exalta se

Eu mantenho me calada e quieta, mas sempre muito atenta.

O Fernando Santos faz um sinal para alguém se levantar e eu vejo o André de imediato. Era agora, ele ia entrar. Percebo que faz um breve aquecimento, enquanto recebe algumas indicações do treinador. A troca de jogadoras sucede-se.

-Bora lá André! - sussuro

Percebo que o Silva mais novo olha para mim e deixa um sorriso maroto. Pronto, lá vinha ele!

- O que é?- viro me para ele

O jovem deixa escapar um breve riso e levanta as mãos em rendição. 

- Não, nada... - ele ri

- acho bem! - deixo escapar um sorriso

Desde que voltei para Paris que eu e o Afonso estamos muito próximos. Ele faz me bem, faz me lembrar o André.  Ficamos bons amigos e eu estou agradecida por o ter na minha vida. A  ele e à Rita. 

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