The Darkness - Trilogia Vampires I

ONZE

Horas das notícias!! Diz a jornalista que acaba de me despertar, meu despertador me acorda na rádio local. A polícia das cidades de Nova Orleans e Blue Lagoon se uniram para desvendar a onda de assassinatos que veem ocorrendo em segredo, até agora foram encontrados doze corpos com a garganta dilacerada, o delegado de Nova Orleans, Hiram Lockwood, afirmou que seja ataque de animal, e que este animal está se deslocando em direção a nossa cidade. Desligo o despertador rapidamente e corro para o banheiro para fazer minha higiene, quando saio do banho e reparo no meu reflexo vejo o quão destruído eu estou.

— Querido, o Fred, a Claire e a sra. Avery estão aqui. — Gritou mamãe alertando-me, pude ouvir outras duas vozes que riam divertidas.

Corro para debaixo do chuveiro, enquanto a água gelada percorre minhas costas, logo descendo pelas minhas pernas sinto um arrepio gostoso na espinha, meus músculos relaxam quando passo a esfregar a esponja com sabão limpando toda e qualquer vestígio de sujeira que houvesse em meu corpo, sentindo meu corpo refrescar-se.

Desligo o chuveiro e ponho a mão para fora do box buscando pela toalha, que eu havia esquecido na cama, resmungo um xingamento baixinho e escuto o box se abrir lentamente, uma mão repousa em minha cintura acariciando a minha pele devagar, provocando-me, sinto uma respiração em meu pescoço e desisto repousando minha cabeça no ombro da pessoa que eu acreditava quem era, só que eu errei ao abrir meus olhos e dar de cara com o par de olhos vermelhos e presas brilhantes.

— Soco... — O Homem de olhos vermelhos tampou minha boca antes que alguém pudesse ouvir.

Suas presas perfuram meu pescoço lentamente, como se quisesse me fazer sofrer, foram os segundos mais torturantes da minha vida, senti o sangue escorrer pelo meu abdômen pingando no chão enquanto eu me contorcia, a fraqueza foi chegando aos poucos.

O Homem de olhos vermelhos cheirava a carvalho durante o fim do outono, na fase em que suas folhas caem no chão deslizando aos pés de sua raiz, mas também cheirava a sangue e morte. Senti seu sorriso sob minha pele enquanto se alimentava, meus olhos foram fechando-se aos poucos no que eu pensava que seria a minha morte.

— Alex, você está bem? — Disse a sra. Avery pondo a mão na minha testa. — Está queimando em febre.

— O que aconteceu? — Minha foz falhou, fazendo-a parecer rouca, o olhar da sra. Avery era preocupante.

— Você não se lembra?

Lembrar? Do que?!

— Do que eu deveria me lembrar? — A sra. Avery olhou para o vazio por uns instantes e sorriu para mim, demonstrando afeto.

— Nada, querido. — Ela me deu outro sorriso. — Apenas descanse.