Capitulo um

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Tudo mudou depois do divórcio dos meus pais, minha mãe se casou novamente, o ensino fundamental para mim foi uma parte da vida que não quero lembrar, e meu pai se mudou pra uma cidadezinha aqui perto, vejo ele sempre nas férias, o que é um alívio ficar longe da minha mãe.

Depois de muito esforço eu e Daniel finalmente estamos cursando o último ano do ensino médio, o tempo passou voando, parece que eu dormi pôr 10 anos e já acordei com 17 anos, tenho uma melhor amiga que se chama Melanie mas Daniel continua invicto é pra ele que eu conto tudo que acontece comigo.

O despertador toca e eu faço o maior rebuliço na intenção de desligá-lo, é domingo de manhã e não tem necessidade de acordar cedo, me remexo toda pra desliga e volto a dormir.

Acordo às 10:00 faço um coque frouxo no cabelo, e faço minha higiene matinal, desço pro café e tem ovos com bacon, como um pouco e vou até a casa de Daniel entregar seu moletom que estava no meu armário à quase um século.

Saiu de casa e sinto a brisa bater forte em minha face, e eu amo esse clima, percorro em passos apressados e chego lá mais rápido do que imaginava.

Bato uma, duas, três vezes, e por fim ele aparece na porta, com a cara de sono mais linda que eu já vi.

-Acho que acordei alguém não é mesmo -Pisco e ele abre a boca em um grande bocejo

-Tudo bem, agora entre -Ele sai da frente da porta e dá lugar pra mim passar

-Não... Só vim trazer isso -Mostro o moletom preto em minhas mãos

-Agora vai ter que entrar dona Luce, ordens da casa -Olho com cara de cachorro sem dono e faço beicinho enquanto entro.

A casa de Daniel é incrível e está sempre bem organizada e seu quarto tem um grande poste do flash que já ameacei roubá-lo várias vezes. Olho e vejo seus olhos verdes me encara e logo depois sou espremida com um grande e apertado abraço.

-Eu te amo Luce -Ele sussurra em meu ouvido

-Eu também te amo Dan -Digo sorrindo

Daniel nunca teve namorada, todos sempre achavam que tínhamos algo a mais, mas isso não é verídico não temos nada além de uma amizade saudável, pelo menos não da minha parte.

Fui até a cozinha cumprimentar seus pais que estavam comendo e me sentei junto a mesa, mas só fiquei observando, já havia comido tanto que não havia espaço pra mais.

Todos terminaram e gentilmente me ofereço pra ajudar com a louça mas a tia Mari disse que dava conta de tudo sozinha, Daniel disse que tinha algo pra me mostrar então subi as presas a escada pulando de 2 em 2 degraus até seu quarto.

E diferente do meu seu quarto era extremamente organizado, tudo em seu devido lugar.

-O que queria me mostrar? -Pergunto enquanto me jogo em um tombo em cima da sua cama

-Isso -Ele me mostra um colar e nele tem meu nome, olho fascinada na beleza e delicadeza daquele pequeno objeto

-Ele é lindo -Digo e arregalo os olhos

-É seu -Ele me da e se oferece para colocá-lo em meu pescoço, viro deixando ele pôr em mim, e sinto um choque com suas mãos em meu corpo, uma corrente elétrica de vários sentimentos passam no meu corpo em questão de segundos.

Viro e seus olhos estão me encarando de uma maneira diferente, ele sorri dando espaço ao erro genético mais lindo suas covinhas.

-Eu amei, obrigado Dan -Lhe dou um beijo na bochecha e um abraço, e assim posso sentir seu coração que parece tá à mil

-Ficou mais linda em você Luce -coro só de ouvir isso e ele percebe minha vergonha.

-Preciso ir, hoje é domingo e preciso ajudar a fera -Digo e entramos juntos em uma escandalosa gargalhada.

-Eu te acompanho até a porta

Me despedi dos seus pais e fui embora, agora lentamente não tinha presa em chegar em casa, caminho enquanto observo um pássaro à cantar, tão pequeno e indefeso mas ainda sim continua feliz à cantar.

Me perco nos pensamentos e já estou parada em frente minha casa, arranco uma flor que está no jardim da minha mãe, e entro.

Chegando lá a dona Marly está retirando a mesa do café, me ofereço pra ajudar, mas ela rebuscadamente diz que não, então vou direto pro meu quarto, pego meu celular e tem uma mensagem de Melaine.

Mel
"Vem almoçar aqui hoje dlç, tenho novidades"

Olho e fico imaginando se iria mesmo almoçar lá, minha mãe também não gostava da Mel, dizia que ela era uma péssima influência pra mim, mas isso não é verdade, e eu também acho que quando a pessoa tem em mente o que é não tem essa de influência, me reviro e coloco a flor em um vaso que está na prateleira do quarto, olho pra o celular mais uma vez e respondo

"Chego ai nestante, irei me arrumar, bjs amiga"

Vou pro banheiro e tomo um banho gelado, aproveitando cada gota que escorria pelo meu corpo, visto uma calça jeans e uma camisa listrada do meu pai eu amo as camisas dele ,e dá um tchan porque é folgada, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e estou pronta pra ir.

Desço as escadas com cautela pois não quero dá satisfação pra minha mãe, vejo que não tem ninguém em casa, pego meu celular coloco em uma musica aleatória e vou.

A casa da Mel fica a 5 ruas da minha então vou a pé mesmo, a rua estava deserta o que era ótimo, multidão me apavora, caminho enquanto escuto músicas e me deparo com Mel em frente a sua casa.

-Demorou em -Ela diz e abre um grande sorriso, e coloca suas mãos na cintura

-Descupe-me senhora -Digo zombando dela ao chamar de senhora e ela faz beicinho.

Minha amiga é tão linda, tem cerca de 1,75, cabelos com algumas mechas loiras, branquinha dos olhos azuis, boca carnuda e corpo proporcional.

-Entre logo -Ela diz e me abraça me deixando desconfortável pois sou menor que ela.

Entre Dois AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora