T R E

103 10 4
                                    

— Não demorou muito tempo para eu me apaixonar perdidamente por Freya

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Não demorou muito tempo para eu me apaixonar perdidamente por Freya. Ela era uma garota doce, divertida, gentil, muito como você é.... —  Contou pensativo e com um sorriso saudoso, se travando ao perceber que tinha comparado sua esposa com Eliza. Pigarreando ele se ajeitou nervoso e continuou. —Ao fim do mês estipulado, nós nos casamos numa grande cerimônia festiva. Vários membros importantes da guarda real normanda compareceram para ver a filha do general casar. Da minha parte só tinha alguns vizinhos, alguns compatriotas militares e a minha irmã.

— Você foi casado. — Eliza o interrompeu, piscando os olhos levemente arregalados.

Ela estava surpresa. Não sabia direito como reagir a tal notícia. Drake sempre lhe pareceu tão solitário, misterioso e soturno que escutar a sua história parecia surreal. Ainda que conseguisse se transportar para a época e visse os rostos de cada um com perfeição, ela não conseguia imaginar que o seu Drake Allistair era o Drakul Sandarr que o vampiro apontava.

Por momentos ela se pegou imaginando se a versão humana de si seria tão diferente da sua versão híbrida, mas a voz de Drake a fez deixar tais suposições para mais tarde.

— Sim, e Freya me deu três belos filhos. Danniel era o mais velho com 10 anos, Maeve era a do meio com 8 anos e a mais nova tinha 2 anos e se chamava Alecsandra. — Os olhos de Drake brilhavam emocionados com a recordação dos filhos e o peito de Eliza se encheu acaloradamente com a ideia de ver Drakul rodeado de crianças.

— Desculpe a pergunta fora de contexto, mas e o dote? — Drake riu pela curiosidade repentina sobre um assunto que não parecia tão importante, mas ele não se incomodou de responder.

— Como indicado previamente eu recusei, mas ainda assim o general não deixou que sua filha ficasse desamparada. Ele comprou uma pequena propriedade perto da sua e deu de presente de casamento. Apesar do meu orgulho, eu não neguei. Não podia ser egoísta e tirar todos os privilégios que Freya cresceu tendo e principalmente queria dar um abrigo melhor que um casebre roto e pequeno aos nossos filhos. — Explicou e Eliza sorriu satisfeita.

— Porque será que eu sinto que tem um 'mas' nessa história de conto de fadas? Você falou que a promessa que fez ao seu pai sobre sua irmã foi sua ruína e no meio do seu felizes para sempre eu senti falta de Lilah. — O tom de Eli era uma mistura de irônico com curioso.

Ela parecia um pouco enciumada com a história de amor de Drake e o vampiro percebeu isso, mas não teve tempo para sorrir sobre o assunto pois o ponto delicado da história tinha sido cutucado. Inspirando fundo ele baixou o olhar para a mesa. O prato de Eli estava vazio de comida, contendo apenas alguns restos e grãos. Ela tinha se empanturrado de tudo o que ele tinha colocado sobre a mesa e as garrafas de vinho estavam quase todas vazias. Foi só então que ele percebeu não ter tocado em nada. Não que ele comesse. O seu organismo não digeria comida. Quando precisava fingir comer, ele tentava comer o mínimo possível e posteriormente tinha de vomitar tudo. Todavia a garrafa de vinho contendo sangue estava intocada.

✔ B A D ⧩▾▾⧨ O N E ▬ Origins [Interlúdio]Onde histórias criam vida. Descubra agora