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— Lembra quando falei que um Sandarr cumpre sempre suas promessas? Naquele momento em que eu jurei cuidar de Lilah  eu ainda era inocente

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— Lembra quando falei que um Sandarr cumpre sempre suas promessas? Naquele momento em que eu jurei cuidar de Lilah eu ainda era inocente. Eu não sabia o peso de um juramento, achava que era algo fácil de se cumprir. O que poderia dar errado? Como eu iria saber que promessas como aquela seriam o meu abismo. — Drake relatou soturno, erguendo então o olhar para Eli após algumas horas apenas fitando as labaredas. — O que você sabe sobre cultura celta?  

— São um dos povos mais antigos do mundo existentes e padrinhos do Druidismo e outras castas religiosas. Sua influência ainda é sentida em vários países da Europa, especialmente nas Ilhas Britânicas. — Respondeu entusiasmada, como uma aluna com a matéria na ponta da língua.

— É sobre o Druidismo que eu quero mesmo falar. —  apontou, se ajeitando nas almofadas e prosseguindo. — Na Idade Medieval a influência Druídica era enraizada, principalmente nas Ilhas Irlandesas. Existia um nicho poderoso e importante de Sacerdotes Druidas numa região impenetrável da Irlanda. Lendas diziam que tais terras eram protegidas ou amaldiçoadas - conforme as crenças - pelos Deuses Celtas. Não era qualquer um que podia ser Sacerdotista. Para além de precisar ter o dom natural de mexer com os elementos, os futuros membros Druidas precisavam passar por estudos, treinos e provas intensivas para se provar merecedores e capazes de pertencer à Irmandade. — Drake explicou com pessoalidade, como se ele próprio tivesse presenciado tais acontecimentos.

— Eu li em algum livro que os Druidas tinham perdido os poderes com o passar dos tempos, mas não dizia como nem porquê. — Eli se atreveu a interromper, franzindo o cenho e mordendo o lábio ansiosa e sequiosa por ter suas dúvidas sanadas.

— Irei chegar nessa parte, não se apresse. — O vampiro sorriu enquanto a história lhe permitia. — Como eu estava dizendo, não era qualquer um que podia ser Druida, mas também não era qualquer um que surgia com poderes. Os dons normalmente provinham das mesmas linhagens, ou seja, apenas certos membros de certas famílias adquiriam essa oportunidade. Os Malonn eram uma dessas famílias, contudo faziam algumas gerações que nenhum membro despertava para o Dom.

» Tal não foi o espanto e o ódio quando Lilah, uma bastarda com apenas metade do sangue-celta, adquiriu a capacidade de mexer com os elementos. Começou com a chama de uma vela numa noite escura, mais tarde evoluiu para labaredas incessantes em invernos rigorosos enquanto os brotos de legumes cresciam mais rápido e fora de época. Meu pai não acreditava na magia celta, ele era um viking, suas crenças residiam em Odin, Thor e nos Deuses Nórdicos. Para mim as coisas eram mais maleáveis. Eu acreditava no que via e eu via Lilah, com apenas 13 anos de idade, fazendo coisas incríveis e assustando os vizinhos.

» Ainda que descrente, meu pai não teve outra alternativa que não levá-la de volta aos braços gelados e distantes da família materna. Os verões que foram prometidos acolhendo a garota nunca chegaram então fazia quase uma década que eles não a viam e ela pouco se lembrava deles. Foram meses difíceis para Lilah, ela queria voltar, mas ao mesmo tempo queria mostrar de que era capaz e merecedora de ser uma Druida.

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