Prólogo

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BROOKE

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BROOKE

No instante em que coloco meus pés para fora do colégio, sou atingida pela onda de calor que emana por toda a cidade, fazendo-me assim lamentar o verão intenso que se iniciou alguns dias atrás e o ar gélido do corredor de onde acabara de sair. Um suspiro escapa pela brecha entre meus lábios, a ideia de passar as tardes ensolaradas na praia é tentadora, contudo ao pensar no suor molhando minha testa e inquietude inevitável, a saudade da primavera se manifesta.

O som de buzina atinge meus tímpanos e meu nome é dito por um timbre já conhecido em um grito que ecoa por todo o espaço aberto. É preciso que eu semicerre os olhos, pois o excesso de claridade faz com que meus olhos demorem a se acostumar. Depois de alguns instantes, finalmente enxergo Casey do outro lado do estacionamento, sentada no encosto de seu conversível prata, que por mais luxuoso que possa parecer, fora passado por todos os membros da família Cordero até chegar nas mãos de Casey, que fez o favor de arranhar a lataria logo na primeira semana de uso.

Em passos rápidos eu faço meu caminho até ela, que tenta inutilmente prender seu cabelo volumoso sem o auxílio de um elástico ou algo do gênero. Ela sorri quando passo atrás do carro e se acomoda no banco do motorista no mesmo instante em que sento-me ao seu lado e fecho a porta, acomodando minha mochila no espaço vago entre minhas pernas.

— Por que demorou tanto? — Questiona ao ligar o carro.

— O professor Cooper me prendeu na sala de aula — explico, tomando a liberdade de ligar o rádio.

Demora algum tempo até que eu finalmente fique satisfeita com alguma estação, o que faz Casey revirar os olhos em repreensão. Por fim, a voz de Troye Sivan preenche o silêncio e eu cantarolo junto.

— Está tendo um caso com nosso professor de economia? — A seriedade em tom de voz me causa um ataque de risos — Estou falando sério — completa.

— É óbvio que não! — Intercala seu olhar entre a rua movimentada e eu. Respiro fundo, recuperando o fôlego — Ele tem me ajudado com os planos para a faculdade. Dá para acreditar faltam poucos meses para a formatura? — Um sorriso largo se apodera de meus lábios.

— Então, você não está dormindo com ele — afirma. Uma ruga de incompreensão preenche o espaço entre minhas sobrancelhas — Mas, dormiria se pudesse?

Ajeito meu corpo no banco de couro de modo que posso ter uma melhor visão de Casey e de sua expressão facial.

— Tem alguma coisa para me dizer? — Rebato a pergunta, curiosa com a estranheza de suas perguntas — Por acaso você e o professor Cooper estão tendo um caso?

— O que? — Suas pupilas sofrem uma dilatação imediata — É claro que não. Por que está me perguntando uma coisa dessas?

— Eu é quem devo te perguntar isso — o sinal fica vermelho e ela aproveita a oportunidade de estagnar seu olhar ao meu.

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