Tudo em nossas vidas está sujeito a modificar-se, tudo é passageiro, reféns da inconstância. E com Brooke Maddox não seria diferente, a vida como universitária entrou em risco após a notícia que seus pais estavam falindo. Ingressar numa faculdade se...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O sinal estridente avisa que já é o fim da aula de economia, a única aula que tem levantado o meu astral ultimamente, pois eu adoro o jeito que o senhor Cooper ministra as aulas. Jogo o livro e o caderno dentro da mochila, enquanto percebo o professor apagar as anotações da lousa branca através da minha visão periférica. Aos poucos os alunos vão deixando a sala, quando vou a caminho da porta para fazer o mesmo o professor chama minha atenção, me fazendo ser a única aluna a ficar na sala com ele.
— Brooke, eu preciso falar com você — esbanja um sorriso. Ele senta no canto da sua mesa e me aproximo dele.
— Aconteceu alguma coisa? — Pergunto com receio.
Tudo têm sido motivos para aflorar os pensamentos negativos.
— Eu tenho boas notícias para você. — ele procura algo na sua bolsa — Como você é a minha aluna mais aplicada e tem se saído muito bem nas outras matérias, eu tive que mexer alguns pauzinhos e fazer algumas ligações para conseguir uma entrevista com o conselho de admissão da Columbia.
A euforia de uma boa notícia deixam os pelos do meu braço ouriçados. O senhor Cooper me entrega o papel de agendamento da entrevista que será em Nova Iorque em alguns dias. Quase posso sentir o cheiro do gramado da faculdade só de imaginar que posso estar lá, mas então a minha consciência me puxa de volta para a realidade e o meu sorriso se desfaz. Mesmo que eu vá fazer a entrevista não quer dizer que eu possa pagar para estudar lá.
— Eu acho que não vou pode ir — tento devolver o papel, mas o professor nega.
— Brooke, eu percebi que você tem andando um pouco dispersa, eu não sei o que está acontecendo, mas acho que você não deve desistir do seu sonho assim, tão fácil. — ele me lança um olhar de compaixão.
— Não estou desistindo, mas realmente não é um bom momento para pensar em faculdade — suspiro.
— Seja o que for que esteja te afligindo, é apenas uma fase. — ele pousa as mãos nos meus ombros, os afagando. — Não foi fácil conseguir essa entrevista — sua voz calma causa um peso na minha consciência. — Faça isso por você e pelo seu professor favorito — ele sorri e eu solto uma risadinha.
— Acho que não custa nada tentar — encolho os ombros.
— Ótimo!
Depois do intervalo me acomodo em baixo de uma árvore no gramado da escola, aproveito a aula vaga para responder alguns exercícios de inglês e estudar para um seminário que apresentarei nas próximas aulas. A energia da notícia de que vou ter uma entrevista na Columbia ainda está em mim, essa energia vira combustível para os meus estudos. Sei que a minha ida a universidade não quer dizer nada concreto, mas acho que não faz mal pensar um pouco no meu futuro e evitar o presente, principalmente quando o presente tem os cabelos ruivos e está caminhando em minha direção. O mesmo presente que também tem o nome de Archie.
