Uma introdução ao mundo da música, com abordagem teórico-prática, para aquelas pessoas que acham bonito alguém tocar um instrumento musical, gostariam de tocar um instrumento, mas acham difícil ou, mais ainda, não têm nenhuma informação sobre o modo...
Vejamos agora a escrita e leitura das escalas descendentes, isto é, as que são contadas da nota DO para trás. Vimos, no capítulo anterior, as escalas ascendentes, isto é, as que são contadas da nota DO para frente e nestas colocamos os sinais especiais (#) sustenidos para marcar as teclas pretas do teclado. Quando escrevemos as escalas descendentes, as teclas pretas são marcadas com outro símbolo (b) chamado bemol. Na prática, a mesma tecla preta do teclado terá dois nomes, de acordo com a sua posição de referência: se for na escala ascendente, ela será chamada sustenido, se for na posição descendente, será chamada bemol.
Por exemplo, a tecla preta que fica situada entre o FA e o SOL, se estivermos tratando de uma escala ascendente (5ª nota adiante da inicial), será chamada FA sustenido; se estivermos tratando de uma escala descendente (5ª nota para trás da inicial), a mesma tecla será chamada SOL bemol.
Tomando agora como referência a escala de DO (escala natural), a 5ª nota contando da frente para trás será a nota FA (do-si-la-sol-fa). Portanto, a primeira escala descendente será a escala de FA. Iniciamos a partir dela a proporção matemática dos tons usada para a formação das escalas: 1 tom + 1 tom + ½ tom + 1 tom + 1 tom + 1 tom + ½ tom. Observemos que da nota FA para SOL temos 1 tom; da nota SOL para LA temos 1 tom; da nota LA para SI temos 1 tom, porém, aqui será necessário apenas ½ tom, por isso, em vez da tecla branca SI, voltamos um pouquinho para a tecla preta que fica entre o LA e o SI, isto é, o SI BEMOL. As demais notas na sequência não serão alteradas.
Consideremos a figura abaixo, para melhor compreender essa explicação:
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O único ajuste necessário para compor a escala foi o uso da tecla preta entre o LA e o SI. Como estamos tratando de uma escala descendente, o nome dessa tecla não será LA sustenido, e sim SI bemol. É apenas uma questão de referência, portanto, para a mudança de nomenclatura, porque a tecla propriamente é a mesma.
Prosseguindo na rota descendente, a partir do FA, a 5ª nota será exatamente o SI bemol, que será o início da próxima escala: fa-mi-re-do-SIb. Fazendo o cálculo da proporção matemática regular, iniciando em SI bemol: de SI bemol para DO temos 1 tom; de DO para RE temos 1 tom; de RE para MI temos 1 tom, porém, aqui necessitamos apenas de ½ tom, por isso, será preciso utilizar a tecla preta situada entre o RE e o MI, isto é, o MI bemol. As demais notas permanecerão como na escala de FA, mostrada acima.
Observemos então como fica a escala de SI bemol:
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Vemos que, além do símbolo BEMOL na nota SI, que já havia, surgiu novo BEMOL na nota MI, a fim de ser obedecida a proporção matemática para a formação da escala de SI bemol.
Dando prosseguimento na rota descendente, a partir do SI bemol, a 5ª nota será o MI bemol, que dará início à próxima escala: sibemol-la-sol-fa-mibemol. Vamos calcular novamente a proporção matemática, para vermos como ficará a escala que se inicia em MI bemol: de MI bemol para FA temos 1 tom; de FA para SOL temos 1 tom; de SOL para LA temos 1 tom, porém, aqui será necessário somente ½ tom, por isso, vamos precisar da tecla preta que fica entre o SOL e o LA, que será o LA bemol. As demais notas permanecerão como nas escalas anteriores.
Observe como fica a escrita da escala de MI bemol na pauta:
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A novidade aqui é o acréscimo do BEMOL na nota LA, ficando assim as teclas brancas MI, LA e SI substituídas pelas teclas pretas que as antecedem.
Poderíamos continuar a sequência descendente, porém, conforme expliquei no capítulo anterior, a inclusão de muitas teclas pretas torna mais difícil a execução da música no teclado, por isso, vamos parar na escala de MI bemol. Futuramente, você poderá exercitar as demais escalas, conforme a evolução do seu aprendizado.
Resumindo os conteúdos dos capítulos 6 e 7, foi tomada como referência a escala de DO (escala natural, porque é composta apenas com teclas brancas) e, a partir dela, fizemos uma sequência ascendente de três escalas (SOL, RE e LA) e depois uma sequência descendente também de três escalas (FA, SI bemol e MI bemol). Com essas sete escalas, será possível executar uma enorme quantidade e variedade de músicas, por isso considero isso suficiente, para o propósito do nosso estudo.
Agora, avancemos um pouco mais o estudo das escalas. As sete escalas estudadas são chamadas de ESCALAS MAIORES, pois quando as executamos no teclado, o som obtido produz uma vibração de alegria. Mas visto que a música também pode ser utilizada em situações de tristeza, cada escala maior tem uma correspondente relativa, que são chamadas ESCALAS MENORES. Veremos isso com detalhes no próximo capítulo.
