Nosso cantinho

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Hello anjinhos, bem vindos a mais um capítulo.

Devo confessar que a ideia para essa história se deu por esse capítulo.

Espero que gostem e boa leitura <3

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Point of View Camila Cabello

Lauren ficou quieta depois da conclusão daquele proverbio. Eu fiquei intrigada com o tamanho daquele significado. Eu sei que simplesmente poderia sair da cidade, voltar para os meus pais, mas mesmo assim ainda permaneço aqui. Alguma coisa não me deixava sair daqui. A borboleta saiu voando pela montanha a baixo.

— Ela também significa ressureição, e amuleto da sorte. O crescimento do nosso ser com o passar da nossa história, não só física, como espiritual e no caractere — Proferiu. Fazendo um auto analise eu havia mudado um pouco desde que cheguei aqui. O trajeto foi necessário, mas ainda acho que poderia amadurecer ainda mais.

— Não que eu queria lhe pressionar..., mas você disse que me trouxe aqui para contar algo — Falei com calma. Não queria que Laur pensasse que eu não estava apreciando o passeio. O fato é que eu queria conhecer todos os seus fantasmas. Se levantando devagar e chutando uma pedra para baixo ela começou, sem olhar nos meus olhos.

— Chegou a hora de eu contar do meu passado não, é? — Maneei meio em dúvida minha cabeça, acho que era. Ela olhou nos meus olhos para prosseguir — Há muito tempo, bem antes da formação da família Jauregui de agora... morávamos em Larnaca no Chipre

Não era muito boa em geografia, por isso franzi a sobrancelha, se me perguntassem exatamente onde eu estava, bem eu não saberia dizer. Vendo a minha confissão Lauren tratou de explicar.

— Chipre é uma ilha que fica no mar mediterrâneo. Faz parte da Europa, perto da Turquia... Então — Voltou a história — Eram apenas eu, minha mãe, meu pai, Taylor, August e Christopher. Morávamos como agora, um pouco afastados da cidade. Naquela época as pessoas eram mais movidas pelo medo...

— De que época exatamente estamos falando? — Questionei tentando deixar meu cabelo longe do rosto, mas o vento não estava ajudando. Lauren fechou um dos olhos e mexeu nervosamente no cabelo, sabia que aquela conversa não estava a deixando relaxa e não deveria trazer boas lembranças.

— Época medieval mais ou menos... tochas e espadas — Tentou descontrair — Naquele mês ouvimos dizer que o povo estava se reunindo, pois, denúncias, que até hoje não sabemos de quem, foram feitas. Dona Clara havia ido para o "hospital" — Fez aspas com os dedos — Eu sempre detestei aquela época e ainda odeio. Sem higiene e coração — Enquanto falava eu via os pequenos vincos em suas sobrancelhas, ela se concentrava para lembrar dos detalhes.

Ela olhou para um ponto no nada, parecia perdia em suas próprias lembranças.

— Eu tive a função de chamar todos para se reunir em casa e fugirmos. Era perigoso ficar lá com aquelas ameaças. Eu sai cedo de casa, Taylor e August ainda dormiam. Christopher era o galã da vila, passava noites em bares e meu pai passava horas procurando por ele. Minha mãe passava longos períodos cuidando de doentes espalhados pela cidade — Olhou ao redor, aquilo estava a incomodando.

— Se você não quiser continuar eu entendo perfeitamente — Tentei ajudar. Veemente negou.

— Assim que comecei a caminhar por no máximo 40 minutos eu me assustei quando olhei para trás e vi um ponto na floresta com fogo muito alto. Pela localização era na nossa casa, eu voltei o mais rápido que pude... — Encolheu os ombros — Sabe... voando — Olhou para mim — A casa estava em chamas, eu arrombei a porta que estava trancada e corri para o quarto deles, August... — Engoliu em seco — Já estava caído no chão, Taylor estava desesperada ao seu lado. Eu tentei checar se ele estava vivo, mas não. Ele já havia sufocado com toda aquela fumaça. Taylor ficou arrasa, eu tive que carregá-la, basicamente arrastar para fora. Assim que chegamos do lado de fora vários camponeses nos cercavam de todos os lados. Eu disse para ela não olhar para trás e chamar os outros para irem o mais longe de lá...

Angel (1 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora