É tempo de correr

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Não morri.

Espero que perdoem a minha demora, e relevem os erros, é que eu fiz as pressas já que amanhã eu tenho prova de matemática, não dá tempo de ajeitar os erros :'3

Espero que gostem.

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Point of View Camila Cabello

Acordei com a sensação de frio na minha pele. Olhando pela janela eu pude ver a fraca luz emitida através das cortinas. Me aproximando eu tive a péssima visão do quintal cercado de neve. Sinal que o tempo estava acabando.

Olhei para a cama novamente, Lauren dormia tranquilamente do outro lado, ela ressonava baixinho. Achei melhor deixá-la dormir, então tomei um rápido banho e me dirigi à cozinha. Como se costume a senhora Jauregui já estava de pé.

— Bom dia querida, espero que tenham dormido bem — Sorriu para mim, retribui. Desde que praticamente me apossei da casa a mãe de Lauren se mostrou uma amiga, o máximo que poderia fazer era ser cordial — Laur me contou o que aconteceu ontem... E espero muito que você não esteja pensando no que ele disse — Falou em tom de repressão. O máximo que fiz foi lhe dar um sorriso amarelo.

— Pode deixar mãe, Camila só irá de encontro com Mogu quando o tempo determinado acabar — Ouvi Lauren atrás de mim. Quando meu olhar pousou nela eu ri do seu cabelo desarrumado e carinha de sono. Ela sentou ao meu lado da mesa e encostou sua cabeça na mesa.

— Por que você desceu se está com sono? — Questionei quando vi que sua real vontade era de não ter saído da cama.

— Eu quase tive um pesadelo, é melhor quando eu fico aqui do seu lado — Murmurou com o rosto tapado.

~ Um mês depois

Estávamos todos novamente no sofá reunidos, as caras de apreensão e o ar de tensão era perceptível. Doze pessoas ocupando a sala da casa e todas apreensivas quanto ao futuro.

— Não podemos deixar isso assim, já foram duas mortes! — Ouvi um burburinho. A verdade era que eu não prestei atenção em quem falou, eu estava em uma cadeia feita pela minha mente. Estava apenas vivendo, o que acontecia ao redor não era importante.

— O que você acha, Camila? — Murmurou Laur ao meu lado.

O caso era que houve outra morte, um adolescente muito conhecido na cidade por ser extremamente carinhoso e prestativo para os outros. Alguém amado por muitos aqui, não o conhecia, mas o jornal disse que ele era voluntário em várias coisas na cidade. Seu corpo foi encontrado em frente à um dos prédios mais altos da cidade. Laudo: Suicídio. Nosso laudo: Mais um para a lista prometida por Mogu.

Levantei de supetão e andei impaciente.

— Eu acho que deveria me render... — Fui logo interrompida por Veronica.

— Primeiro: isso é suicido. Segundo: estupidez do nível mais alto no mundo. Terceiro: é isso que ele quer, que você se renda! — Repreendeu.

— Que se dane isso. Pessoas estão morrendo por minha culpa! — Explodi. Eram coisas que não poderiam ser ignoradas, sentir que a morte de alguém inocente era sua culpa... destruída mais que a lâmina de uma espada.

— Ouça-me, Mila. Nós somos a esperança para que ele volte para as trevas de onde não deveria ter saído. Se ele quer você, que espere até a profecia. Você não vai levantar um dedo se quer para ir até a armadilha! — Estremeci com a repreensão de Ally. A baixinha deixou todos surpresos pela sua sagacidade. Não esperava isso. — Agora sente essa sua bunda grande para cá e vamos pensar em como prosseguir, vamos resolver, juntos.

Assim se seguiu. Quatro meses, foram uma tortura física e psicológica. Nunca disseram que era fácil lidar com um monstro assassino, treinos diários de suor puro, pais que nem ligavam para saber se eu estava viva, ter que visitar várias vezes minha irmã com algum vigia, lidar com mortes e ainda equilibrar meu tempo com Lauren. O tempo estava acabando.

Os dois primeiros meses foram os mais difíceis. Treinar na neve foi a pior coisa que poderiam inventar, principalmente uma corrida noturna sem roupas adequadas para isso. Após a neve cessar, veio a primavera. Época de florescer e renovação, não para nós. Isso significava muito menos tempo ainda. Tínhamos até a última maldita flor resolver desabrochar.

É claro que nesse meio tempo houve mortes, a policia estava cada vez mais alarmada. A única coisa boa foi a recuada dos caçadores e o sumiço repentino do lobisomem. O resto foram apenas desgraças. Hoje talvez fosse um dos últimos dias de folga, temia o que estava por vim. Bebi um gole do chocolate quente feito por Ally.

— Se está pensando em fugir logo agora... acho melhor repensar porquê já estamos ferrados mesmo — Minha linha de pensamento foi interrompida por Kate, seu tom era de bagunça, dei um meio sorriso para ela. Com outra xicara fulminante ela me acompanhou para a vista do nascer do sol.

— Jamais faria isso, temos todos juntos nessa, não? — Murmurei sovando um pouco do líquido. Kate fez o mesmo antes de continuar.

— Sim, todos juntos — Afirmou. Então um segundo de silêncio da minha parte. Todos estavam aqui com esperança e todos lutariam até morrer, quais as chances de conseguirmos sair vivos? — Se estiver pensando sobre não termos chance alguma contra o chefão supremo, é melhor tirar isso da sua caixola — Advertiu, ri da sua expressão.

— Talvez estava, mas isso não importa agora. Dia de folga — Levantei a xicara. Batemos juntas.

— Acho melhor entrarmos ou a branquela vai mandar o serviço... — Estacou na sua fala, confusa olhei para a mesma direção. Os cães latiam freneticamente, o vento estava revoltado. Em um minuto todos saíram da casa para a porta onde estávamos. O céu estava ficando cinza escuro, quase negro. O vento se revoltava cada vez mais.

— Todos para dentro! — Ouvi o senhor Jauregui gritar. As xícaras ficaram na escadinha e fomos arrastados para dentro da casa. A situação era frenética — Chris tranque as portas de trás! Vero traga os cães para o porão! O resto fecha todas as janelas! — Ordenou. Subimos e descemos escadas para fechar as janelas daquela enorme casa. Vi quando Vero entrou arrastando vários cães que latiam para a direção das nuvens sombrias.

— Estão todos aqui? — Lauren perguntou checando todos na sala. Dei um grito quando um estrondo foi feito, era apenas uma janela mal fechada. Dinah tratou de fecha-la, mas nisso eu já estava agarrada a Ally.

— O que acontecerá com as pessoas lá fora? — Mani questionou. A preocupação me bateu, o que aconteceria?

— Provavelmente eles não conseguiram ver. Há tornados por essa parte, talvez evacuem a cidade — Explicou a morena.

— Eu acho que nosso tempo acabou... — Sussurrou Ally. Olhamos uns para os outros. Era esse o sinal, Mogu estava surgindo das trevas e forte o suficiente para exterminar reinos. As trevas estavam à solta e prontas para acabar com quem tenta-se lutar contra. Todos aqueles meses seriam postos a prova. Tudo.

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HEHEHHEEHHE

Chegou a hora viado!

Desculpem tbm apenas as 1 mil palavras :') pq eu estava mergulhada em um bloqueio criativo.

Até a próxima att amo vocês anjinhos <3

Angel (1 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora