Aula de Latim

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Hello. Oi amores, espero que gostem desse capítulo, é que compartilhem com seus amigos pra ajudar a Fic :3 pvf. Amo vocês ❤

O garoto acenou para o objeto em suas mãos e leu um trecho, sorriu e olhou para mim.

— Esse livro é antigo, muito bom, ele trata de aventuras sobre o passado, presente e futuro! — Divagou, seu tom de voz revelava a sua opinião sobre o que lia. Ele parecia estar se deleitando de algo que ele adorava. Que acreditava piamente. — Não me zoe, deve estar me achando louco agora. Mas não sou, esse livro é antigo e muito sábio — Argumentou, como se soubesse o que eu estava pensando.

— Eu não estou duvidando de você, cada um acredita no que quiser — Me defendi. Ele riu e voltou a olhar para o livro nas mãos, ele o fechou e passou sua mão pela capa de alto relevo.

— Esse é o livro Demon, não se assuste com o título, ele faz parte da trilogia menos conhecida no universo! — Falou admirado. Bem, qualquer outra pessoa sairia correndo dessa loucura, não? Mas era eu naquela biblioteca. Então apenas fiz uma careta confusa.

— Por que diz do universo? Já leu todos os três livros? — Eu sou uma pessoa muito curiosa, o que me intrigava eu ia até o fim. Ele levantou a cabeça de dentro do seu mundo.

— Porque eu acredito no sobrenatural, há algo em cima e embaixo de nós, ou até entre nós. E esse livro me mostra exatamente o que devo fazer. Credo enim est maxime momenti — Fiz uma cara de confusão, eu não falo muito bem minha língua, imagine essa que ele falava. Rindo da minha confusão continuou — É latim, acho melhor você fazer aulas. É a língua usada por eles — Deu de ombros — Eu disse que o acreditar é o mais importante

O garoto olhou o horário em seu relógio e arregalou os olhos.

— Estou atrasado. Foi muito bom conversar com você Camila. Espero lhe ver mais vezes. Devo ir.

Deixando o livro na prateleira a minha frente se retirou da enorme biblioteca. Acenei uma última vez até vê-lo sumir por entre as duas enormes portas de madeira. Olhei para o lado, o livro estava meio caindo na prateleira, a curiosidade me bateu sobre o que poderia ter em um livro antigo. Abrindo aquela relíquia eu franzi as sobrancelhas e analisei minuciosamente o livro, estava tudo em latim.

Talvez alguém pudesse me dar aulas quem sabe, ri com esse pensamento. Eu? fazendo outro idioma, era para rir. Eu até tentei ler um trecho em voz alta para tentar compreender ao menos uma palavra.

— E-ecc-e... E-ego — Suspirei frustrada. Mais uma vez não mataria ninguém

— Ecce ego in occursum pulchra animarum hinc, si aliquid loqui loqui ad mea!

(Eis que belas almas eu encontro aqui, se tens algo a falar que fale para mim)

Olhei para todos os lados. Eu tinha mesmo falado a frase por completo? Estava assustada, de onde eu aprendi latim??

— Isso foi estranho — Murmurei para mim mesma. Guardando o livro no seu lugar de origem, andei procurando por minhas amigas, eu olhei para trás mais uma vez, apenas para conferir, o livro havia sumido. Esfreguei meus olhos, não voltei para procurar, eu morreria se não o visse lá de verdade. Talvez tudo isso seja fruto da minha imaginação, latim deve parecer com espanhol, isso! E eu sei espanhol, por isso foi fácil de ler em latim.

Voltando para o centro da biblioteca, depois daquele estranho acontecimento, eu encontrei uma Dinah babando na mesa de leitura. Revirei os olhos. Ally ao seu lado parecia ter se perdido em um romance clichê.

— Oi Mila. Onde estava? — A loira me perguntou deixando o livro de lado. — Dinah dormiu faz um tempo — Disse quanto ao meu olhar questionador pela mais alta.

— Ela só dorme. Eu estava... — O que eu falaria, contaria a verdade e me achariam tão louca quando aquele garoto? — Eu me perdi no caminho para o banheiro — Menti sorrindo amarelo

— Você perdeu, a crush da Dinah estava por aqui. Ela esqueceu o nome dela — Ally riu, eu a acompanhei, era irônico. Dinah com medo de falar com a menina que ela estava afim a anos.

— Vocês duas querem calar a boca! Estamos em uma antiga biblioteca, mais respeito com quem estava dormindo — Ordenou Dinah ao levantar a cabeça da mesa. Resmungando ela se sentou ereta — Oi sumida, onde estava?

— Procurando um esconderijo melhor — Pensei rápido, eu queria provoca-la. E parece que tinha funcionado, porquê a mesma me olhou com o ar mortal, me encolhi — Brincadeira, eu te amo, sabe disso — Corri em seu colo, pela minha vida, claro. Isso ou seria meu último dia na terra.

— Acho bom mesmo, bunduda. Não suma mais assim, eu não ia te procurar mesmo — Caçoou, revirei os olhos e a apertei em um abraço. — Eu também te amo Chancho. — Ri do apelido que Dinah me dera a anos atrás.

— Eu não acho que a Dinah vai ligar para você assim que eu falar que Normani Kordei está vindo aqui — Na mesma velocidade em que Dinah me agarrou, ela me soltou. Eu queria rir da cara de boba que a minha amiga fez, mas meu sorriso não chegou a aparecer assim que vi a morena se aproximando. Era a mesma mulher que eu vi na loja assim que me perdi. Então essa era a menina que a minha irmã de alma estava caidinha, não era para menos. Assim, sem aquele desespero por estar perdida eu finalmente pude observa-la melhor.

E sim, havia um motivo para a loira maior gostar dela. Com um sorriso simpático ela nos cumprimentou.

— Camila, que bom a ver novamente, e em segurança — Acenei, era o minimo que eu poderia fazer, mas eu ainda tinha uma pulga atrás da orelha para saber como ela sabia o meu nome sem nem ao menos eu ter falado. — Bom dia Ally. Oi Dinah — Cumprimentou as duas, Dinah estava concentrada demais em Normani para perceber que eu e meu bolinho saímos para deixa-las a sós.

— Vela será a última coisa que eu vou querer ser de novo — Ally bufou ao meu lado, concordei — Vamos na lanchonete da escola, talvez eu possa comer algo, estou morrendo de fome

— Dinah não alimentou meu bolinho? — Perguntei abrindo a porta com ajuda de Ally.

— Não, aquela nem água ela dá se pedir — Rimos juntas.

Angel (1 temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora