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-Você.-Castiel sorriu de canto.

-É só me obedecer que tudo dará certo.-não entendi bem o que ele quis dizer, mas concordei com a cabeça.-Podem cuidar disso para mim? Obrigada.-ele disse aos outros demônios, Lipe sorriu alegremente e Léo concordou.

-Sabe que eu poderia cuidar disso sozinho, não sabe?-Michel perguntou com a sombranceia levantada.

-Seria muito esforço.-Léo respondeu.

-Seria como tirar doce de criança.-ele respondeu.

Ele me levantou e me carregou; comecei a me debater.

-Me larga! O que está fazendo?!-grito.

-Te salvando, talvez?-ele ergueu uma sombranceia sarcástico; um par de asas apareceu das costas dele, mas elas não eram como as asas dos outros demônios. Parecia com asas de anjos, só que negras. Talvez como as asas de um corvo.

BAM

A porta foi quebrada e o homem da faca apareceu, ainda com a faca. E o meu sangue nela.

Estremeço e Castiel me segurou mais forte.

Ele levantou vôo, me encolhi com medo de cair e fechei meu olhos, escutei uma risada.

-Você não vai cair. Se eu quisesse te ver morta teria te deixado com o cara da faca.-resolvi abrir os olhos.

A vista era linda, todas as luzes dos prédios desse ponto de vista é maravilhoso. Quase como uma terapia. Tinha até me esquecido da situação que estou no momento. Nós braços de um demônio voador.

-Você não está impressionada com isso, está?-ele perguntou como se sair voando com uma vista dessas fosse algo normal. Bem, talvez para ele era. -É uma vista tão normal.

-É normal, mas não desse ponto de vista. É algo novo.-respondi sem esconder a minha admiração pela vista.

-Se você acha essa vista tão maravilhosa assim eu deveria te levar á um lugar melhor.

-Não precisa.-respondi.-Só quero chegar em casa logo.

A vista pode ser linda, mas voar é bem estranho.

-Você não é uma garota muito fofa. Ótimo, onde é a sua casa?
***
Depois de chegar na minha amada casa respiro fundo para talvez conseguir absorver tudo o que aconteceu hoje.

Eu queria apenas cair na cama e dormir para sempre mas esse cara não me deixa. Ele está tentando me explicar sobre o livro.

Parece que esse é um livro criado por demônios e à um anjo louco que é diferente dos outros. Ele acha que segue as leis de Deus matando os pecadores e quer matar a dona do livro, que sou eu.

O livro é usado para invocar demônios, que vão conceder um desejo em troca de um preço.

Isso é loucura. Muita loucura.

Eu nem tenho um desejo.

-Pode pedir para eu te salvar do anjo. É fácil ver pela sua expressão.-Ufa,pensei que ele havia invadido a minha mente.

-Esse anjo não demonstra misericórdia com quem lê aquele livro. E eu te ajudei até agora, então estamos envolvidos.-ele continua.

-Eu não pedi para...

-Não pediu para eu te salvar?

Eles haviam salvado minha vida na sessão de fotos e hoje também. E eu fico extremamente grata por isso. Mas agora era diferente.

-É bem fácil de falar também "só me ajude".-ele disse

-Não é simples assim.

-Claro que é. Ou você não tem a capacidade de falar nem isso?-imediatamente fico com raiva enquanto Castiel dá aquele sorriso irônico, mas lembro que tenho que ficar calma.

-Se você fizer o contrato comigo, eu transformo qualquer um que for te machucar em cinzas.

-Você pode derrotar eles mesmo se nós não fizermos um contrato?

-Não. Não posso bater em ninguém sem um.

-Se você tivesse achado outra pessoa para fazer o contrato...-reclamo

-Cala a boca!-ele diz elevando um pouco seu tom de voz.

Ele estava irritado. Então ele se levanta. Imagino que ele vai embora.

Seus passos eram altos e pesados, só que não em direção a porta. Em direção a mim.

-Você é tão irritante!-ele reclama e agarra o meu pescoço, então me joga na cama, ainda segurando meu pescoço.-Se você não quiser, eu posso quebrar seu pescoço agora mesmo, ou seria mais divertido te enforcar? De qualquer forma facilitaria o trabalho do anjo.

Ele vai me matar!

-Eu posso te matar ou podemos fazer um contrato para te proteger do anjo. Qual você prefere?-ele fala sério, mas isso nem é uma escolha!

De qualquer forma, fazer um contrato com ele é melhor do que morrer. Isso se eu não morrer depois.

-Okay.-digo vencida.

-Você finalmente entendeu. -ele ri, sua expressão muda imediatamente de ameaçadora para divertida.

-Sobre o preço...Sua alma.

Um silêncio cai por ali.

Como? Minha alma?

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