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-UMA DEMÔNIA?!-gritei surpresa.

-Isso, diga mais alto.-Castiel reclamou.

-Não espalha o segredo.-Kimi disse olhando para os lados, por sorte parece que ninguém ouviu.

Então Niah Kimisuki, uma modelo extremamente famosa é uma demônia?

-É zoeira...não é?-pergunto, mesmo com toda essa história de demônios e anjo, sequer imaginar de Kimi é uma demônia parece se algo fantasioso demais.

-Se fosse pra te zoar eu pensaria em algo mais divertido.-Kimi diz me abraçando, o que faz Castiel ficar alarmado.

-Está bravinho? Que medo.-ela continua após rir um pouco.

Ela me olha séria.

-Mas é sério, você precisa tomar cuidado. Hoje pode ter sido  acidente, mas quando o anjo te ver como inimiga o maior desejo dele será te matar. A qualquer custo.

Lembro quando o cara da faca me atacou, meu braço foi curado, mas ainda sinto um pouco de dor mesmo depois da cicatrização.

-Não se preocupe, eu posso derrotar qualquer um que pensar em te machucar.-Castiel diz em seu tom confiante que ele sempre usa; Kimi revira os olhos.

-O orgulho leva a derrota, sabia?-Kimi pergunta para ele.

-Você sabe quem eu sou? Lógico que isso não vai acontecer.

-Claro, porque o grande rei poderoso Castiel é tãããão incrível.-Kimi zomba.

-Pare de falar como o Lipe, eu te mato.

-Todos pensamos a mesmo coisa? Que coincidência, não?

-O que quer dizer com isso?

Sorrio vendo a "discussão" dos dois.
***
Esses dias foram muito tranquilos, eu faço as sessões com a Kimi-e mesmo nos dias que não tem sessão de fotos com ela, a mesma sempre está lá-e de tarde volto paa casa. Castiel me segue sempre para me proteger se eu for atacada por um anjo.

Terminei a sessão hoje mais cedo e aproveitei para ir ao mercado. Castiel segura duas sacolas de compras mesmo eu dizendo que ela não precisa fazer isso.

-Você não precisa ficar carregando minhas sacolas e nem precisa ficar me seguindo para todos os cantos que eu vou. Você trabalha também, não é? Vai ficar tudo bem.

-Não confio em você dizendo que vai ficar tudo bem, você é descuidada.

-Você não precisa carregar minhas compras.

-Eu gosto de carregar coisas.

Ao longo desses dias eu percebi que ele gosta de ajudar carregando coisas, seja compras ou no estúdio.

Ele sempre fala no seu tom-irritante-confiante e os outros funcionários tem medo dele.

-Está tudo bem com o seu trabalho?-pergunto, faltando desse jeito ele poderia ser demitido.

-Tudo ótimo, não se preocupe.

Ele coloca as sacolas em uma mão só e passa a outra mão na minha cabeça assim como ele faz com o Lipe.

-Você é um gato ou um animal do tipo?-ele da uma risada-gatos que costumam aceitar carinho desse tipo.

-Não sou um gato.

-É, se você fosse você seria fofa. Mas pode tentar, vamos, repita:Miau, miau.-ele fica rindo. Logicamente eu não vou fazer isso.

Outra coisa que eu percebi, é que Castiel gosta de passar a mão na cabeça das pessoas. Lipe, eu, alguns funcionários do estúdio...não importava, ele sempre tinha que passar a mão na cabeça.

Talvez fôssemos vistos como irmãos mais novos ou apenas crianças na visão dele.

Assim que chego em casa, me despeço dele e ele vai embora; coloco as compras nos lugares.

As vezes eu penso se deveria ter feito o contrato com alguém mais responsável e inteligente. Ou que simplesmente não fosse explosivo. Talvez a Kimi.

Mas pensar assim é inútil.

Dormi até tarde do outro dia. Até algum inconveniente vim atrapalhar meu sono e dia de folga tocando a campainha; tento ajeitar meu cabelo para ver se dá uma melhorada.

-Lenta demais até para abrir uma porta.-Castiel entra assim que eu abri a porta.

Lembro que ainda estou de pijama e grito para ele esperar.

-O que aconteceu?!-ele pergunta alarmado.

Como para o meu quarto e visto uma roupa decente.

Após me trocar volto para a sala.

-Estou entediado. Me faça companhia. É uma ordem.-ele ordena.

-Você não deveria está trabalhando?-cruzo meus braços.

-Quantas vezes vou ter que dizer que está tudo bem com o meu trabalho?-ela reclama e senta no chão e começa a distribuir cartas de baralho; bufo e me sento em frente a ele.

-Porque você não joga com os outros?-pergunto irritada por ele vim me acordar as 10 da madrugada em um dia de folga.

-Lipe é irritante, Michel é um pé no saco quando perde e Léo...-ele fez um pausa e seus olhos demonstraram medo por um momento, até ele continuar.-ele não serve. Seria um erro.-ele engole a seco e minha imagem do Léo ser gentil se despedaça.

Pego as cartas, apesar de não ligar para o resultado. Eu só quero aproveitar o resto de minha folga para dormir.

-Esse jogo vai mostrar quem é superior.-ele diz confiante.-mas é claro que sou eu.

Depois dele falar isso eu fico focada em ganhar. Ele não pode se achar superior para sempre.

Já era de tarde até que ele diz calmamente "venci de novo". Isso não é justo, eu não havia vencido um vez sequer.

-Você é realmente boa.-ele diz me zombando.

-Você é bom.-digo impressionada.

-Não só com cartas, mas também com tabuleiro. Eu sou o rei dos jogos.

Ele estava destemido enquanto distribuía as cartas outra vez, aquilo me fez querer tirar fotos.

-Esse vai ser o último jogo, está escurecendo.-ele diz pegando suas cartas.-Se você conseguir ganhar essa vez eu te ofereço um favor.-olho para ele, que falava desinteressado como se aquilo não fosse nada,

Agora eu fico interessada. Mesmo sabendo que eu poderia ganhar apenas uma vez dentre as outras várias que ele venceu.

Começamos a jogar, descarto minhas cartas com agilidade. Eu precisava ganhar.

-Você fica bem motivada quando tem um prêmio não é?

Ficamos mais de meia hora até que eu abaixasse minhas cartas.

-Venci!-exclamei e comecei uma dança extremamente ridícula da vitoria.

-Finalmente. Já está escuro lá fora.

Continuo a minha dança da vitoria sorrindo que nem uma louca. Lógico que eu só havia ganhado uma entre tantas mas não importava. Eu havia vencido.

-Então, o que vai pedir? Tem que ser apenas uma coisa.-Castiel pergunta.

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