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-Cadê a modelo? -Um funcionário pergunta desesperado quando não viu a modelo.

Já fazia um tempo desde que nenhum modelo vinha no estúdio.

Um outro funcionário  respondeu algo que tinha a ver com a droga.

-Não podemos mais tratar isso como um simples rumor.-Michel fala atrás de mim e eu assinto com a cabeça.

Ouvi dizer que em outros estúdios daqui, eles tiveram que cancelar as sessões após elas se tornarem violentas durantes as sessões ou porque elas ficaram violentas na cidade e tiveram que serem presas.

Sinto meu estômago revirar.

Ouvi dizer que essa droga não está somente entre as atrizes, mas se espalhou para políticos, comediantes e atrizes. Talvez também esteja circulando entre as pessoas normais.

-Preciso falar com você depois.-digo para Michael que me olha supreso.-Conheço alguém que pode saber dessa droga.

-Me sinto inútil por não poder te proteger.-Michel confessa cerrando os punhos e eu coloco minha mão no ombro dele gentilmente.

-Vem.-O chamo, já que não tínhamos a modelo, não teria importância em dar uma saída.

Sei que posso estar traindo a amizade dele, talvez ele nem seja o culpado. Mas eu estava em dúvida.

Seguimos por um caminho conhecido por mim e Michelme segue em silêncio, as vezes questionava aonde estávamos indo, mas eu ignorava.

-Esse lugar não combina comigo.-ele diz após pararmos em frente a igreja em uma clareira na floresta.

Conto tudo para ele.

Entramos na igreja e dentro dela só havia James.

-Oi.-o chamo e ele se vira para mim.

-Estava esperando pelo dia que te veria aqui.-ele respondeu dando um olhar incomodado para Michel.-Seu amigo parece uma pessoa bruta.

-Viemos te perguntar uma coisa.-digo e conto todo o assunto das drogas.

-Entendo, podem se sentar.-ele indicou os bancos.

-Não. Estamos bem aqui.-Michel reclamou segurando meu ombro me impossibilitando de ir sentar nos bancos.

-Michel, você está exagerando.-retruco com sua cautela.

-Vocês parecem se dar bem.-James disse-O que queriam me perguntar?

Abro minha bolsa pegando o doce que ele havia me entregado.

-Já faz um tempo que te dei isso. Não gostou?-ele perguntou e eu neguei frenética.

-Onde você comprou esse doce?-pergunto hesitante.

-Não tenho certeza. Compro doces em muitos lugares para as crianças do orfanato e meus pacientes.

-Quando você me deu, você me disse que era um doce popular. Mas eu pesquisei na internet e não achei nada parecido.

Não estava mentindo, eu tinha pesquisado não só em lojas nacionais, mas também Internacionais e não achei nada.

Eu fiz isso porque não queria pensar que James era um criminoso.

-Você conhece um desses cinco? -citei cinco nomes, sendo que um deles eram o usuário das drogas.

James cita um nome.

-Essa pessoa sempre vem para as terapias.

O nome da pessoa era a afetada pela droga.

Então era ele mesmo...

-Você vem distribuindo a droga?-pergunto direto ao ponto.

-Que droga?-ele pergunta em confusão.

-Há uma nova droga circulando, e todas os usuários dessa droga estavam com esse doce.-explico.-Não é você, não é?-pergunto quase implorando.

-Eu não me envolvo com a sociedade do lado de fora. Desculpe.-ele se desculpou desconcertado.

Sabia, ele não faria algo assim.

-Desculpe suspeitar de você.-me desculpo me virando e indicando para Michel fazer o mesmo.

-Nojento!-Michel exclama e então um barulho alto é ouvido. Arregalo meus olhos vendo James no chão.

-O que você está fazendo?-grito vendo Michel com sua arma em mãos.-Abaixe essa arma.-ordeno brava.

-De jeito nenhum.-ele diz olhando para trás, onde eu estava.-Isso ainda não acabou. Ele ainda não morreu.

Fiquei em choque com suas palavras, porque ele iria querer matar James? James era uma pessoa boa.

James se levanta e da um pequena risada.

-Como você...?-começo perguntar, não havia mais nenhum buraco de bala em James.

-Achei que tivesse acertado o coração.-Michel reclama baixo.

James continua rindo cada vez mais alto. Ver ele rindo daquele jeito é assustador.

Um par de asas brancas saem das costas de James.

***
Tan nan nan o que vai acontecer?
Agora eles entraram numa fria...

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