Dezesseis - Adeus

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Meu celular vibrava em cima da mesa e eu o deixava tocar sem qualquer peso na consciência. Sentia meu estomago doer, mas nada estimulava meu apetite. Tudo parecia incomodo para mim. Suspirei pegando meu casaco e uma caixa vazia.

Hyorin havia depois de tudo permitido que fosse buscar meus pertences no dia seguinte ou quando achasse que conseguia. A mesma tinha conseguido compreender a importância da empresa para mim, mas continuar não era sequer uma opção na minha situação. Concordei com todo o castigo e tive no mesmo dia da demissão contar todos os meus motivos e histórias para Hyorin, gerente e a sua assistente pessoal da Better Day. Senti-me envergonhada por precisar dizer que há nove anos não havia conseguido entrar em um relacionamento, mesmo largando todos os meus traumas sobre homens, e que mesmo que tentasse nada era duradouro ou tinha um final bom para o meu psicológico. Tive que explicar o porquê de precisar envolver um amigo nisso tudo, precisei ressaltar várias vezes que o mesmo havia aceitado tudo por consideração, afinal era meu melhor amigos. Todas elas durante todo o meu discurso concordaram com o que dizia, mas senti minha cabeça pesar por achar que algo no fim poderia prejudicar Chanyeol.

A Better Day possuía uma "irmandade" com a empresa em que Chanyeol trabalha. Ela era responsável pelo o casamento e a outra empresa responsável pelo o local ou se necessário construção de algum local fixo para a Better Day fazer seus eventos. Muitas coisas eram organizadas em trabalho grupal das duas equipes e isso me causava frio na barriga e dores no peito. Tinha medo de que tudo isso explodisse de forma maior e atingisse a Chanyeol de forma que ele não pudesse mais controlar. Limpei as lágrimas que desciam pelo o meu rosto enquanto aguardava o ônibus. Nada com sentido passava em minha cabeça, meu coração estava estático de tanto que havia o sentido doer, mas uma coisa tinha completa certeza: Não iria levar Chanyeol para o sofrimento comigo, ele não merece nada disso, eu o envolvi e eu farei o máximo para tirá-lo disso, mesmo que precise ser cética em minhas palavras e decisões.

O nome do Chanyeol piscava na tela do meu celular novamente, sequer sabia quantas vezes isso havia acontecido, mas sabia que tinham sido muitas. Quando o mesmo apagou suspirei, mas logo o celular voltou a vibrar e o seu nome piscar novamente. Desculpa-me Chanyeol, eu te amo tanto que não posso mais fazer isso.

Todas as dores estavam multiplicadas agora. Estava evitando Chanyeol a um dia e meio e isso era a maior tortura que poderia passar em minha vida, mas era necessário. Estava aprendendo a lidar com todos os sentimentos assumidos por ele que sentia agora, era a sensação mais sufocante do mundo. Eu queria poder abraçá-lo e dizer tudo que havia acontecido, mas eu era culpada por toda a confusão estar jogada no ventilador. Eu queria poder propor para tentarmos algo como dois adultos, mas isso jamais deveria ser meu direito, eu mais do que nunca, neste exato momento poderia propor algo assim, eu estava pondo a carreira do Chanyeol na corda bamba pelo os meus erros e eu o tirarei dessa, mesmo ele me odiando depois de tudo. Suspirei sentindo meu coração doer novamente, mas de forma mais intensa agora. A foto de Chanyeol surgiu em meu celular, pois o mesmo acabara de mandar uma mensagem. Não queria sequer abrir, mas a saudade dele, da sua voz, da sua presença era maior do que qualquer pensamento racional meu.

Porque você não me atende? Esta louca?

Sorri, poderia ouvi-lo dizer tais coisas ao meu lado, poderia visualizá-lo com toda a sua altura me dando sermão como se fosse meu pai. Eu o amava realmente.

Se você não me atender eu vou ligar para a policia, dizer que pode ter morrido e eles vão invadir a sua casa...

May Lee eu não estou brincando!

Esquece os policiais, eu mesmo vou quebrar a sua porta!

May Lee para de fazer isso comigo...

Boyfriend Material | PCY, Chanyeol, EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora