Quatro - Você tem uma namorada?

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- Eu acho que ela não tem nenhuma amiga, por isso se apega tanto as organizadoras. – Falei colocando Ramen na boca. Chanyeol apenas concordava, nesses momentos me perguntava se ele estaria realmente me ouvindo ou só fingindo.

- E você também não tem nenhuma amiga, iram dar certo. – Ele estava realmente me ouvindo. Bufei o ignorando.

- Ele pediu meu número esses dias, confesso que fiquei receosa em dar, mas achei melhor.

- Tem medo que ela te ligue no meio da noite? – Chanyeol estava mais focado no seu macarrão do que no mundo ao seu redor, poderia algo explodir atrás de mim que ele nem notaria.

- Sim tenho! – Suspirei.

- Porque não tenta ser amiga dela? Pelas ocasiões erradas em que a conheci, parece ser alguém boa. – Sorriu provavelmente lembrando-se do que teve que fazer por mim.

- Amanhã tenho mais um dia com ela. – Suspirei. – Ela resolveu que seria bom tomarmos um café antes de qualquer coisa no dia. – Chanyeol sorriu. – Acho que inevitavelmente posso ter um vinculo com ela.

- Quem sabe ela não é a primeira madrinha do seu casamento imaginário. – Sorri sarcástica.

- Com certeza! – Revirei os olhos fazendo Chanyeol sorrir mais uma vez.

- Amanhã vou visitar minha mãe. – Falou comendo mais Ramen, creio eu que pela a segunda vez. Fiz uma careta no mesmo segundo em que o mesmo havia falado que iria para a sua família.

Chanyeol amava sua mãe mais que tudo, tudo nela ele idolatrava, amava sua comida e o seu carinho excessivo por ele, mas ela tinha um grande defeito em meio a tantas qualidades: Ele exigia que ele se casasse logo. Chanyeol tinha apenas 24 anos e na cabeça de sua mãe aquela era a idade certa para que ele encontrasse alguém e formasse uma família. Ela nunca havia entendido a escolha do mesmo em não apressar nada, em não buscar alguém sendo que estava bem sozinho, então ele apenas a ouvia dizer inúmeras vezes que ele precisava estar com alguém.

- O que vai fazer com a sua mãe desta vez?

- Talvez só escutar. – Suspirou, sabia que ele odiava só escutar, ele nunca gostou de ser passivo em uma situação, mas precisava naquele momento.

- Acha que consegue?

- Quando necessário sim. – Concordei.

Passamos algumas horas ainda conversando bobagem enquanto comíamos um terceiro Ramen, parecíamos pessoas de rua que não comiam há dias.

- Eu vou deixar você em casa. – Disse batendo nas costas do Chanyeol enquanto ele descia as escadas.

- Tá louca? Moro do outro lado da rua, fica quieta em casa.

- Mas preciso fazer digestão. – Disse fazendo bico que ele certamente não estava vendo.

- Anda em círculos no seu quarto, pula 50 vezes, mas não precisa fazer isso. – Falou impaciente.

- Mas eu quero! – Chanyeol suspirou virando para mim de repente o que me fez esbarrar em seu peitoral e voltar. Olhei para cima, já que ele era obviamente mais alto do que eu, e encontrei seus olhos analisadores em mim.

- Tudo bem! – Nada mais disse, depois disso apenas seguiu o seu caminho. Tinha horas em que Chanyeol era um ser estranho.

Corri para que pudesse alcança-lo, já que ele andava mais na frente. Suspirei parando ao seu lado enquanto descemos a rua.

- Que tipo de mulher é a sua ideal? – Não, eu não havia filtrado minha pergunta, mas naquele momento eu realmente queria saber sobre isso.

- Porque pergunta? – Falou tranquilamente.

Boyfriend Material | PCY, Chanyeol, EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora