Prólogo

9.5K 517 197
                                    

Caros leitores,

Peço desculpas pelo longo período de ausência. Durante esse tempo, ocorreram diversas situações que demandaram minha atenção, mas prefiro não me alongar com explicações irrelevantes. No entanto, gostaria de informar que a história passou por uma reescrita completa.

No decorrer desse intervalo, aproveitei para refletir sobre a história que criei e percebi a necessidade de realizar algumas mudanças muito significativas, pois durante esse período, ouso dizer que a minha habilidade como escritora também evoluiu consideravelmente. Por essa razão, decidi reescrever a trama, mantendo a ideia principal intacta, mas modificando diálogos, cenários e partes do enredo. Essas alterações foram realizadas com o intuito de aprimorar a narrativa, tornando-a mais coesa e envolvente.

Espero que vocês apreciem a leitura e aproveitem as mudanças necessárias que foram feitas com carinho e dedicação. Agradeço imensamente a compreensão e o apoio de cada um de vocês. Seus comentários e feedbacks são muito importantes para mim, e espero que continuem a compartilhar suas opiniões à medida que avançamos nessa nova fase da fanfic.

É importante ressaltar que esta é uma obra de ficção, e nenhum evento apresentado tem qualquer relação com a realidade. O conteúdo dessa história pode ser pesado para pessoas sensíveis. Ele contém cenas e descrições de violência, morte, sexo ou outros tópicos que podem ser perturbadores para alguns leitores. Se você não se sente confortável com este tipo de conteúdo, por favor, não continue a ler.

Também gostaria de deixar claro que não autorizo qualquer tipo de adaptação da minha história. Plágio é crime!

Sem mais delongas, espero que todos tenham uma boa leitura.

Até algum dia!

--------------------------------------------------------------------------------------

Miramar National Cemetery – San Diego, Califórnia

A solitária rosa amarela, salpicada por dolorosas lágrimas, foi colocada em frente ao túmulo bem cuidado.

A relva cheia de vida estendia-se pelo campo santo, misturando sua vívida cor verde com o cinza frio da morte. Com um sorriso opaco, ela se orgulha em exibir a interminável lista com o nome de suas vítimas. Saboreando com prazer sádico enquanto suas entranhas se regozijam com a lenta a putrefação de sonhos arrebatados.

O sol, em sua plenitude, ilumina seu espetáculo mórbido, aquecendo as mazelas de seus espectadores. Com uma satisfação perversa, ela observa a frágil mulher, afundada em uma desolação profunda, acompanhar com olhos úmidos o gesto melancólico dos dedos finos ao contornar o nome gravado no epitáfio. Cada traço, cada curva das letras esculpidas na pedra fria.

Lauren Michelle Cabello-Jauregui

27 de junho de 1990 - † 11 de outubro de 2017

Ali, em meio a essa dança perturbadora entre a vida e o descanso eterno. O silêncio é quebrado.

— Oi, meu amor... — Sussurrei com a voz embargada, sentindo um aperto no peito ao ajeitar o vestido florido que parecia desbotar junto com a minha tristeza. Com extremo cuidado, posicionei o frágil corpo da minha filha entre minhas pernas cruzadas, permitindo que a pequena Angel encarasse o monumento. Ali, sobre o mármore, repousava a fotografia 9x12 de Lauren, trajando com orgulho a farda preta de Sargento da polícia de San Diego. Os bracinhos da pequena se moviam inquietos no ar, ao contrário de seus olhos verdes intrigados que sempre ficavam imóveis quando via alguma foto de sua outra mãe.

Com um gesto lento e cheio de ternura, estendi a mão em direção à foto, permitindo que meus dedos delicadamente contornassem cada linha do rosto que agora só podia ser alcançado através do papel semibrilhante. As lágrimas escorriam pelo meu rosto cansado, e eu as enxugava com o dorso da mão, buscando dissipar a dor que sempre me acompanhava. Chorar se tornara uma parte tão constante e inevitável de minha vida quanto respirar.

Até Algum Dia...Onde histórias criam vida. Descubra agora