Encontros

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16/03/1837

Na noite anterior adormeci debruçada neste diário após escrever o nome "Thomas Denk" repetidamente em uma página inteira. Mas de qualquer forma, não aconteceu muito depois que descobri seu nome. O que aconteceu foi apenas algo um tanto desagradável e cômico.

Assim que ele falou começou a chover e ambos corremos para casa a fim de encontrar abrigo. Após isso não o encontrei naquele fim de dia.

Hoje por outro lado, acordei e deparei-me com o buquê que Thomas me presenteou. Acordar com um sorriso no rosto é incrível, ainda mais quando você não se recorda da sensação a muito tempo.

Precisávamos de alguns mantimentos para abastecer a cozinha então peguei um cavalo e cavalguei até a pequena feira na praça da cidade. Moramos um pouco longe, mas as compras necessárias não são pesadas.

Encontrei-me com a Dona Ceci, desde pequena eu a considero como uma segunda mãe. Ela me ajudou bastante na morte de mamãe, e hoje, é meu único reflexo como mulher.

Ela cuida de uma banca de temperos e verduras. Uma das mais frequentadas por conta de tamanha variedade de produtos. Costumo ajuda-la quando venho a feira e ao mesmo tempo trocamos piadinhas e comentários sobre as madames que não sabem a diferença entre salsa e manjericão.

Almocei com Ceci e fui até a minúscula livraria da cidade, acredito que, em minha vida, já tenha lido um número de livros superior ao número de livros desta livraria.

Após algum tempo não calculado volto até meu cavalo e sigo para casa, a conhecida "Fazenda dos Novak". Já estava anoitecendo, e como costume, um dos homens da fazenda viria de encontro a mim.

Faltando cerca de dez minutos para chegar encontro Thomas montado em um cavalo baio. Ele me lança um sorriso de canto quando me vê e quase perco o equilíbrio, mas disfarço.

Por mais incrível que pareça não tive coragem de trocar muitas palavras, foi um tanto constrangedor. A frase mais longa que formei, foi para responder positivamente quando ele perguntou se meu pai costumava fazer estas viagens longas.

Chegando na fazenda ele indicou que levaria meu cavalo até o estábulo, mas insisti para que deixasse que eu o acompanhasse. Obviamente ele aceitou sem pestanejar.

No estábulo, assim que prendemos os cavalos ele segurou meu braço delicadamente e olhou seguro em meus olhos. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, ele se aproximou e eu percebi o que ele iria fazer. Mamãe já havia escrito cenas assim.

Por mais que eu soubesse que não deveria, eu sabia que, acima de tudo, eu queria. Ele segurou meu rosto e beijou-me suavemente. Meu corpo arrepiou-se e minhas mãos foram até sua nuca. Tal sensação era completamente nova para mim, mas era incrivelmente mágico.

Assim que nos separamos, Thomas ficou me encarando com um meio sorriso e eu não consegui conter um suspiro. Ele sorriu e então beijou-me novamente, dessa vez com mais desejo, e eu retribuí.

Dessa vez, ouvi uma das serventes mais velha da casa gritar meu nome, ela não conseguia me ver, mas viria me buscar. Desvencilhei-me do beijo e corri para a varanda o mais rápido possível. Estava tão feliz que comi o suficiente para duas pessoas.

Após o jantar, subi para meu quarto e deitei-me ainda completamente vestida. Estava tão desorientada que quase esqueci de relatar o dia de hoje, mas isso precisava ficar marcado na história.

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⏰ Última atualização: Jan 20, 2018 ⏰

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