Demons Hunters // jjk + pjm

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            Jeon Jungkook

Não dormi na noite seguinte, passei a noite inteira assistindo às câmeras e observando pela porta as coisas que o garoto fazia à noite. O observei comer as barrinhas velozmente com medo de alguém aparecer, o que me fez rir um pouco, o observei vagar pelo quarto cansado e entediado. Eu gostaria de trazer diversão para o garoto, mas não sei se gostaria do meu tipo de diversão. Já são 8 horas da manhã e não sinto um pingo de sono, decidi então tentar falar com o garoto e fazê-lo gostar de mim, assim como Chanyeol estava fazendo.

Andei até o quarto e abri a pequena abertura da porta. O garoto virou seu rosto em direção a abertura e me encarou sério, meu coração parecia saltar e fiquei assustado, que reação infantil é essa ? Balancei a cabeça, fechei a abertura e abri a porta do quarto, entrando, enquanto isso, o menino nem sequer se mexeu, continuou a me olhar com um tanto de receio e curiosidade.

"Por que fez aquilo ontem?" foram as primeiras palavras direcionadas à mim por parte do garoto e a forma que ele disse me fez sentir como se o tivesse ferido.

"Você se machucou?"

"E você se importa?" essa resposta me surpreendeu e me fez pensar no que fiz ontem, pra mim foi bom mas acho que ele não se sentiu bem com aquilo. "Afinal porque me quer aqui ainda? Não vou falar nada, por que não me mata logo?" suas palavras cortavam como navalha e eram frias como a neve, aquele garoto me odiava e estava começando a me arrepender de ter feito o que fiz.

"Preciso de você aqui ainda." digo segurando com força a manta.

"Você não se importa, prefiro morrer de frio do que ficar preso aqui, por que não me mata? Por que não chama aquele cãozinho vir me torturar mais ou me matar de uma vez? Não tem coragem? Falam tanto de você mas na verdade não passa de um fujão de meros humanos." o garoto se levanta indo na minha direção é mesmo com a diferença de altura me encara. "Seu destino é ser destruído pela minha espécie, você me matar ou não não vai evitar isso." ele diz cutucando seu dedo indicador em meu peito com ignorância.

Aquilo pra mim foi o limite. Fecho a porta com força, jogo a manta no chão e o pego pelo pescoço o presando contra a parede.

"Quem você pensa que é pra falar assim comigo?" aproximo meu rosto do seu o encarando em seus olhos, deixando os meus mais escuros. "Me diga mero humano, que poder tem sobre mim e sobre minha espécie?" o encaro sério e ao mesmo tempo que sentia raiva sentia um aperto no meu coração, esse aperto me fazia querer ficar com ele daquele jeito por quanto tempo pudesse, que sentimento é esse ?

"Eu não me importo com o que você pensa de mim ou o que acha que sou." ele fosse pela falta de ar e afrouxo um pouco minha mão em seu pescoço, olho para seus lábios carnudos e sinto uma sede enorme, uma sede de tomá-los pra mim, desvio o olhar e o encaro novamente, meus olhos voltavam a sua cor normal e o garoto me encara, sorrindo levemente e aperto seu pescoço, seu rosto se contorce de dor e ele solta um gemido baixo, o que me fez arrepiar e desejar ainda mais o menino. Logo o solto e ele cai no chão fraquejando.

"Isso é para aprender a falar comigo direito garoto." falo seco e saio dali batendo à porta. Meu coração pulava de desespero, medo, raiva e deu uma coisa que nunca pensei que ia sentir por alguém, eu estava frustado, estava gostando daquela criatura que tanto me odeia e despreza.