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Dormi até duas da manhã e liguei pro meu pai para avisar que não vou voltar para casa hoje, pois o Luan teve que ficar internado.
Três e meia a enfermeira permitiu que a gente entrasse, a mãe dele foi primeiro e quando ela voltou eu entrei.
Luan estava com os olhos fechados, muito pálido e haviam raspado o cabelo todo, passei a mão no rosto dele e ele estava frio.
Maya: Fica bom logo, para a gente poder sair para tomar sorvete. - Ele com muita dificuldade abriu os olhos um pouco e sorriu.
Luan: Obrigada por esta aqui. - Ele estava tão fraco, sua voz quase não saia. Isso apertou tanto o meu coração e senti vontade de chorar.
Maya: Eu amo você. - Ele fez carinho na minha mão que estava no rosto dele.
Luan: Eu também amo você. - Fiquei lá, fazendo carinho no rosto dele e ele olhando para dentro dos meus olhos.
Enfermeira: Ele precisa descansar agora.
Maya: Tudo bem, amanhã eu volto. - Ele assentiu, beijei a testa dele e sai. Pedi a mãe dele para me colocar em um táxi pois não estava me sentindo bem.
Mal o carro saiu, eu chorei, eu sei que este é o começo, mais eu me senti fraca por não poder fazer nada para ajudar ele.
2 meses depois.
                           Bia
Estava na escola com a Maya, que nem parecia a mesma, depois que o estado do Luan ficou bastante grave, ela estava com olheiras enormes e tinha ânsia de choro a qualquer momento, deve está sendo muito difícil para ela ver o Luan sempre cansado, deitado ou internado, ver a minha amiga fraca me machucar demais, mais não a culpo, eu sei que ela pode perde ele a qualquer momento.
Enzo: O que aconteceu com a sua amiga? - Olhei para ela e ela estava chorando. - Nem parece que é a Maya que todos conhecem. - Olhei para ele e ele estava com um sorriso.
Bia: Não tem graça, é coisa dela e do Luan. - Olhamos para ela de novo, minha amiga estava me dando pena.
Enzo: Sabia que aquele garoto não ia aguentar está garota chata. - Olhei para ele furiosa.
Bia: Não é nada disto. - Puxei ele para perto de mim e falei baixinho. - Luan está com leucemia. - Ele arregalou os olhos.
Enzo: Leucemia? Meu Deus, eu não sabia que era tão grave assim.
Bia: A Maya está sofrendo muito.
Enzo: Coitada dela, e dele também. - Assenti. - Eu vou falar com ela.
Bia: Não, vai fazer provocações com ela! - Ele negou e foi andando até ela.
Enzo: Maya? - Ela olhou para ele.
Maya: Que foi?
Enzo: Se precisar de alguma coisa eu estou aqui está bem?
Maya: Obrigada Enzo. - Deu um sorrisinho e depois voltou olhar para frente.
No intervalo a Maya se isolava de todos e ficava no banheiro chorando, eu sempre tentava animar ela, mais a única coisa que eu podia fazer era abraçar ela.

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