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1 mês depois.
Meus pais vinheram morar no Rio de Janeiro para cuidar de mim, venderam meu apartamento e voltamos para a onde eu e minha mãe morávamos.
Meu quarto virou um quarto de hospital, havia um armário cheio de medicamentos que eu sou obrigado a tomar todos os dias, e duas vezes na semana vou fazer tratamento no hospital.
A leucemia ainda não chegou me afetar muito, só sinto bastante dor nos ossos e bastante cansaço também, mas nada que não possa passar por cima.
Não foi muito grave pois descobrimos no começo, mas se piorar eu terei que começar a fazer quimioterapia.
Fizemos uma festinha na piscina da minha casa, Maya, Gustavo, Beatriz e eu.
                        Maya
Luan estava sentado na beira da piscina, fui até ele, sorri e perguntei.
Maya: O que está pensando? - Ele olhou para mim, negou com a cabeça e falou.
Luan: Nada não. - Minha sogra veio até nós com uma bandeja de frios, olhou para o Luan e perguntou se ele estava se sentindo bem, ele afirmou com a cabeça e ela beijou o rosto dele.
Bia e eu estavamos conversando, Gustavo foi ao banheiro e Luan estava do outro lado da piscina.
Maya: Luan? - Ele me olhou e sorriu, mais ele estava ficando pálido. - Tudo bem amor? - Ele nada disse, fechou os olhos, me aproximei dele. - Luan? Está bem?
Luan: Chama minha mãe. - Falou como se tivesse fazendo muita força para falar.
Maya: Bia, chama a mãe dele. - Ela assentiu e entrou correndo. - Luan? - Ele abriu os olhos e nada falou. Minha sogra veio correndo, estava com os documentos dele em uma pasta.
Sogra: Luan vamos para o carro. - Ele não estava respondendo mais, era como se o Luan não tivesse mais ali, Gustavo voltou do banheiro, pegou ele por um lado e a mãe de por outro e coloco ele no carro.
Sentei no banco de trás com ele, que estava com a cabeça no meu ombro, fiz carinho no cabelo dele, ele não tem noção do tanto que eu estou com medo, medo de perder ele, eu não vou suportar, eu não vou perder ele!
Sogra: Chegamos. - Tiram ele do carro e quando entrou, os médicos levaram ele correndo para dentro, sentei e passei horas lá sentada, Gustavo e Bia foram embora.
Sogra: Se você quiser já pode ir.
Maya: Eu não quero ir, até ter notícias dele. - Já de tardinha veio um médico.
Sogra: Como ele está?
Médico: Não está nada bem, ele ainda não acordou, terá que ficar internado.
Maya: Até quando?
Médico: Até que possamos controlar a doença, quando ele acorda pode ir ver ele.
Passou horas e não veio nenhuma notícia, fiquei a noite inteira dentro do hospital esperando ele acorda, dormi em uma cadeira.

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