Um Amor Inocente

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               Luan
No momento do beijo eu percebi que ali existia sentimento, o jeito delicado que ela me beijava, e não parou por ai, enquanto nos beijava parece que alguma coisa estava começando a mudar dentro de mim, que eu torci para que fosse qualquer coisa, menos sentimento por ela, só que no momento que ela chorou e eu sofri, reparei que sim, acho que esta nascendo sentimento por esta garota chata.
Ela pegou um táxi e foi embora, eu fui caminhando até a minha casa pensando no que havia acontecido, e toda vez que meu subconsciente dizia "Maya" automaticamente eu abriu um sorriso. Eu devo esta ficando maluco só pode.
Cheguei na minha casa e senti a ausência da minha mãe, fui até a cozinha e perguntei a Emília, uma das empregadas.
- Cadê a minha mãe?
- Ela esta no trabalho.
- Ela não vem para o almoço?
- Ela já veio, você que chegou tarde.
- Peguei detenção! - Falei e sentei no banco e joguei a minha mochila no chão.
- Novamente? Você não é assim Luan, por que esta aprontando? - Ela falou e colocou a minha comida.
- Não apronto, a Maya que esta com problema comigo. - Falei. - Pode colocar mais um pouco de batata Emília? - Disse apontando para o prato.
- Claro. - Ela foi até a panela e colocou mais. - Então ela que tem problema contigo? Por quê?
- Sei lá. - Comecei a cabeça e dei um sorrisinho sem vergonha que dizia "Eu fiz merda".
- O que você fez em Luan? - Ela me olhou desconfiada.
- Meio que fui falso com ela. - Ela me olhou. Depois que ela me fez conta tudo disse.
- Bem feito, se eu fosse esta menina faria mil vezes pior! - levantei uma sobrancelha e falei.
- Que maldade. - Coloquei azeite no arroz. - quem me dera se fosse só detenção. - falei bem baixo.
- Ué, ela faz mais alguma coisa? - revirei os olhos para ela sem acreditar que ela tinha ouvido.
- nada. - dei um sorrisinho.
- Você não vai me contar? Juro que não conto para ninguém. - Eu sei que ainda era cedo para falar sobre isso com alguém, afinal eu nem temho certeza do que eu estou sentindo, mas se eu guardasse isso pra mim eu iria pirar. Coloquei a mão no rosto e falei.
- Eu acho que eu estou começando a gostar da Maya. 
- Haaaaa. - Ela deu um grito que me assusto. - sua primeira paixão! Ai que fofinho, você já disse isso a ela?
- Não, é lógico que não, e não diga que isso é paixão, eu nem sei o que eu sinto por aquela chata.
- como não? Você esta apaixonado por esta garota.
- Talvez não, talvez isso seja só remorso, é isso é só remorso pelo o que eu fiz com ela!
- E se for paixão?
- Não é! - Confirmei. - Não é!
Depois de almoçar eu fui para a sala assistir um filme, estava passando o filme de uma menina que tinha leucemia, que eu nem sei o nome. No final quando a menina morrer e o menino que implicava com ela sofre por que a amava e não tinha coragem de contar, eu comecei a refletir sobre isso, será que estou mesmo apaixonado pela Maya?