POEMA 20

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Certa vez a muitos e muitos anos atrás, uma garota entrou em outro grande mundo. O lugar era imenso. Repleto de livros do chão até o teto.
Ela amava  aquele lugar, o cheiro dos livros enfileirados. Ela amava as luzes do ambiente. Isso fazia a pequena garota de pé descalço se distanciar do mundo cruel que se chamava realidade.
Naquele lugar ela descobriu que independente da emenda da sua roupa ou da falta de sandálias, tudo o que realmente importa era os vários passaportes que ela via dentro de cada livro, que a levaria a qualquer lugar, a qualquer hora.
Não era um simples ambiente para ela. Não era uma simples biblioteca. Era seu refúgio. Seu abrigo. Uma porta aberta para manter dela todo mau e caos da realidade perversa do homem, chamado realidade nua e crua, na qual ela sentia tanta dor só de lembrar fora do seu alcance.

(Juniara C. Lopes)

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