Agente Burke em apuros

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Três dias depois....

O relógio marcava 7h30min da manhã e Neal estava dando a mamadeira de George. Ele já comia muitas papinhas e seu primeiro dentinho estava saindo, mas seu café da manhã era uma mamadeira.

Ele já estava pronto, vestido para o trabalho como todos os dias, a não ser por um detalhe: não usava mais perfume. O aroma suave que ele sempre adorou agora estava proibido porque como Rachel disse, era dar adeus ao perfume ou voltar a usar tornozeira com raio de quilômetros de distância dela! O perfume a fazia enjoar ainda mais. Não que ficar sem perfume garantisse algo. Todas as manhãs eram dramáticas. Não importava o quão leve fosse o jantar ou a forma como Rachel levantava da cama, ela sempre começava o dia vomitando. E isso era garantia de uma mulher irritada. Ultimamente, sua namorada estava alternando três estados de ânimo. Conseguia em um curto espaço de tempo chorar por se sentir feia, ficar irritada e brigar com ele por qualquer coisa e, ainda ataca-lo sexualmente com um desejo estranho até para eles. Ele já antecipava que não sofreria de monotonia nos próximos meses.

Um problema permanecia. Além de Ell, apenas Mozzie sabia da gravidez. Com ele passando tanto tempo no apartamento, era praticamente impossível esconder. Seu amigo foi tipicamente Mozzie ao receber a notícia. Primeiro duvidou, depois o parabenizou e perguntou se eles pretendiam repovoar Nova York. Afinal tinham um bebê de 7 meses e outro a caminho.

No dia seguinte Mozz apareceu com uma pasta.

- O que é isso? – Neal perguntou sem entender nada.

- Uma pesquisa completa sobre controle de natalidade e métodos contraceptivos. Acho que você e Rachel faltaram nessas aulas. Acho que deveriam ler.

- Mozz...- Porque achavam tão grave? Ele estava achando ótimo ter outro filho.

- Neal! Você já pensou em quantos filhos pode ter por aí? Se a Rachel servir média e nós multiplicarmos pelas namoradas que você teve isso dá um resultado de...

- Chega Mozzie! Eu não tenho mais nenhum filho por aí! – Não tinha a possibilidade. – Eu me descuidei com a Rachel porque nós temos uma relação estável.

- Estável? Eu deveria ter te trazido um dicionário também.

Neal acabou deixando a opinião dos outros de lado. Ele estava mais que orgulhoso. Nos últimos dias, alguns colegas no FBI vinham perguntando da onde vinham tantos sorrisos. Ele realmente não conseguia nem desejava esconder sua felicidade.

-  É porque agora a Rachel pode ficar na casa dele. – Jones gritou. – Não precisa mais contar os segundos para o final de semana. Não é Caffrey?

- É, é isso sim. – Por enquanto era melhor manter o segredo.

Eles trabalharam normalmente nos dias que se seguiram e Rachel vinha conseguindo manter a aparências. Apenas uma tontura foi percebida por Diana. Era complicado porque se comia, ela sentia enjoo, se não comia ficava tonta. Então era sempre uma preocupação. Mesmo que os dois dias anteriores tivessem sido bem calmos, sempre que ficava nervosa acabava passando mal. E nervosismo era algo muito natural para Rachel.

O pior foi ontem quando Sara apareceu no apartamento. Rachel não tentou impedi-la de ficar. Mas também nos os deixou a sós. Melhor. Assim não teria porque ter uma crise de ciúme depois.

            - Oi, boa noite. – Ela entrou muito tímida. – Eu não queria atrapalhar nada.

            - Não está atrapalhando. – Ele respondeu. – Quer beber algo?

            - Não. – Ela olhou para Rachel. – Eu só vim...pedir desculpas por ter mandado te prender. Eu precisava cumprir minha obrigação, Neal. Você entende?

Diaba Ruiva - Dupla PerseguiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora