Capítulo 31

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Boa Leitura 💕




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 Dois anos viajando pela Europa e eu me tornei a pessoa que sempre quis ser.

Em apenas dois anos, viajei por todo o continente e vi coisas que nunca imaginei que veria. A Torre Eiffel, o Palácio de Versalhes, o Arco do Triunfo, o Museu do Louvre, o Big Ben, o Coliseu, a Capela Sistina, a Torre de Pisa, a Acrópole de Atenas, o Museu Van Gogh, o Castelo de Praga, o Grande Bazar da Turquia. Tantos lugares, tantas pessoas, tantas comidas diferentes.

Enquanto eu passava pela alfândega em Nova York, quase me esqueci do jeito certo de me comunicar em inglês. Mesmo assim, eu sentira saudade da minha cidade. Nova York era e sempre seria meu lar, por mais que eu guardasse lembranças não tão agradáveis assim. Mas depois de dois anos, eu realmente me sentia uma nova mulher. Nada do que estava ligado à minha vida antes parecia fazer sentido agora.

Sim, eu lembrava bem que tinha organizado o casamento do astro do pop Shawn Mendes. Eu lembrava que tinha tido um caso com ele, disfarçado de "acordo". Eu me lembrava do que senti por ele. Lembrava que havia chorado, lembrava que havia sido estúpida. Mas agora tudo isso parecia passado. Um passado muito, muito distante.

Eu não havia visto nada sobre Shawn em nenhum lugar durante a minha viagem e não havia mais nem um tiquinho de qualquer sentimento que fosse que eu já tivesse tido por ele no meu coração. Eu o havia superado. Estava bem sem ele. Estava muito melhor sem ele.

Ou pelo menos era isso que eu dizia a mim mesma todos os dias ao olhar meu reflexo no espelho.

- Bem vinda de volta, senhorita Reynolds - disse a funcionária da alfândega.

- Obrigada. É bom estar de volta - eu sorri e peguei de volta meu passaporte.

Peguei um táxi para Manhattan, mas fiz o taxista parar várias quadras antes da minha casa. Eu queria andar, ver as pessoas e os outdoors, ouvir os sons da rua e dos estabelecimentos. Queria relembrar como era minha cidade logo de manhã. Assim que comecei a andar, percebi que Nova York realmente nunca mudava e sempre me receberia de braços abertos.

A caminhada até a minha casa não demorou tanto. Minhas pernas estavam acostumadas a andar de lá pra cá. Encontrei com uma vizinha saindo para trabalhar logo ao chegar ao meu prédio e ela acenou com a cabeça, como se eu não tivesse passado mais do que algumas horas longe de casa. Porém, na porta do meu apartamento havia um grande monte de correspondência antiga. Destranquei minha porta, abri todas as janelas, joguei toda a correspondência velha fora sem dar uma segunda olhada (afinal, passado é passado) e me sentei no sofá para ver TV.

Passei praticamente o dia todo dentro de casa, tentando lidar com o fuso horário e voltando a me habituar em ter uma casa novamente, e não um quarto de hotel. Várias vezes me peguei olhando para Nova York pela minha janela. Olhando as pessoas e os carros e a vida que nunca parava, não importava como eu me sentia. Depois de algum tempo observando tudo, meu olhar caiu especialmente em um homem parado em pé do outro da rua. Ele olhava para a minha janela e, quando me via olhando de volta, desviava o olho. Não se mexeu nenhum segundo e sempre estava lá mesmo depois que eu parasse de olhar pela janela.
Quando o fim da tarde chegou e eu percebi que ele não havia ido embora desde manhã, algo dentro de mim estalou e eu subitamente me senti assustada. O homem lá fora me encarou pela janela mais uma vez, antes de desviar os olhos.

Ao invés de ligar para a polícia, resolvi tratar do assunto da maneira antiga. Desci as escadas até o térreo e atravessei a rua. Ele provavelmente não estava esperando que eu fosse fazer algo a respeito, pois sua expressão era de extrema incredulidade quando me viu.

The Wedding • || Shawn Mendes|| •Onde histórias criam vida. Descubra agora