Capítulo 3

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— Barry! — gritei assim que o vir cair da esteira e bater nas caixas que Cisco colocou como proteção.

— Não se preocupe, Barry vai ficar bem. Ele se recupera rápido. — Cisco se tranquiliza.

Sento ao lado de Barry na maca e seguro sua mão direita. Alguns minutos depois ele acorda alarmado.

— Desmaiei de novo? — pergunta.

— Falência metabólica total causada por uma hipoglicemia aguda. — explica Caitlin.

— Não estou comendo direito. Foi só tomar um soro e tudo certo?

— Foram 40. Acho que estava com sede. — Dr. Wells diz em tom de brincadeira.

— Vamos precisar fazer uma nova dieta baseada em mudanças metabólicas. — diz Caitlin.

— Eu fiz alguns cálculos. — diz Cisco. — Você precisa consumir uma quantidade similar a 850 tacos. Ou, se for queijo e guacamole, a equação é totalmente diferente. — ele se retira.

— Para mexicana, eu recomendo o Tito, na Avenida Bruckner. —diz Joe, entrando no laboratório. — O melhor burrito da cidade.

— Detetive West, o que o traz aos Laboratórios S.T.A.R? — Wells pergunta.

— Eu não o encontrei no laboratório. — diz apontando para Barry. — Então fiz uma pesquisa. Descobri que há relatos de um raio vermelho pela cidade impedindo assaltos, salvando pessoas de prédios em chamas.

— Você... Não disse a ele que estamos trabalhando juntos. — afirma Wells.

— Joe, eu posso explicar. — Barry diz.

— Você já tem um emprego no departamento de polícia, Barry. Sugiro que volte a ele.

Caitlin da uma risada e Joe olha para ela.

— Não olhe pra mim, estou do seu lado. — ela se espanta.

— Detetive, todos nós queremos o que é melhor para o Barry. — diz Wells.

— Se quisesse o que é melhor para o Barry, ia convencê-lo a parar com isso em vez de encorajá-lo a sair e arriscar a vida.

— Você viu um cara controlar o tempo! — disse Barry. — O que a polícia vai fazer contra alguém assim? Desde a explosão do acelerador, a gente acha que há outros como ele.

— E você vai fazer o que? — perguntou Joe. — Pegá-los? Você está louco? Você acha que por correr muito rápido é invencível. Você não é. Você é apenas um garoto. Meu filho.

— Eu não sou o seu filho, Joe. E você não é o meu pai. — respondeu Barry. — Meu pai está em Iron Heights. Condenado injustamente. Você está errado sobre ele e está errado sobre isto.

Ao ouvir essas palavras de Barry, apenas saí do local. Coisas ditas de cabeça quente são sempre as piores, pois a pessoa não está em seu juízo perfeito, não está pensando direito e acaba soltando algo ruim. E foi exatamente isso que aconteceu.

Fui para o banheiro e fiquei lá um bom tempo, escutando música e pensando na vida até que alguém bateu na porta e me chamou, era Barry.

— Liz, posso falar com você?

Abri a porta e saí do banheiro.

— Pode.

— Vamos dar uma volta. — sugeriu. — Talvez seja melhor.

Fomos até o parque e sentamos em um banco, olhando a cascata.

— Como você está? — perguntei.

— Estou bem. — o olho significativamente. — Ok, não estou.

— Barry, — pego suas mãos e as seguro. — Sei que agora o Joe não aceita que você seja um herói, mas uma hora ou outra ele vai se acostumar. Afinal, ele é um detetive. Você não sente medo de perdê-lo toda vez que ele sai de casa? Sente. Mas você já se acostumou com isso. Sei que falou tudo aquilo de cabeça quente, que você acha injusto e quer ajudar as pessoas, mas o Joe se preocupar com você. E eu também, Barry. Nós temos medo de perder você. Passamos 9 meses sem você, acha mesmo que a sua decisão de querer se arriscar pelos outros está sendo fácil pra nós? Porque não está.

— Eu sei que tem sido difícil, Liz. — ele diz olhando em meus olhos. — Mas não acredito que aquele raio me escolheu por nada. Aquele raio tem algum propósito para mim e toda essa velocidade foi um presente, vou usá-la da melhor maneira possível e ninguém vai me impedir.

— Ok. Essa é a sua decisão e não há nada que eu possa fazer além de te apoiar. Só quero que saiba que eu te amo e sempre estarei aqui por você, não importa o que aconteça. Você é o meu herói, Barry Allen.

Beijo seu rosto e o puxo para um abraço, respirando fundo.

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