Capítulo 6

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Era uma noite qualquer e eu estava conversando por Skype com minha irmã mais nova, Melanie. Ela estava fazendo um breve resumo sobre seu primeiro semestre em Star City, pois ela havia se mudado pra lá para fazer faculdade. Mel aproveitou para me contar também que há mais ou menos um mês está namorando um colega de curso, um francês chamado William Roché.

Nesse momento eu estava comendo bolo de chocolate com mostarda enquanto minha irmã vazia uma cara de nojo.

- Que foi? - perguntei com a boca cheia.

- Primeiro, não fale de bora cheia, Liz, isso é nojento. - ela faz um careta e eu reviro os olhos. - Segundo, essa combinação está um pouco esquisita, não acha?

- Claro que não. Isso aqui tá muito bom!

- Se você diz... - ela da de ombros. - Então, como estão as coisas com o Barry?

- Estamos na mesma, uai. Estamos saindo e...

- E transando. - ela completa.

- Eu não ia dizer isso, mas... Sim, estamos transando, Mel. - eu suspiro. - Mas você não precisa se preocupar, tá bom? Eu e Barry somos adultos, você nos conhece. Só estamos deixando rolar. Sei que ele não me ama, ele ama a Íris. Ela não vai sair do coração dele tão cedo, infelizmente. Não existe nada que eu possa fazer pra mudar isso e não vou ficar me iludindo e fantasiando um futuro perfeito ao lado do Barry como fazia quando tinha 11 anos.

- Ok. Mas já parou para pensar em o que vai fazer caso as coisas fiquem mais séria entre vocês? Tipo, o que vai fazer caso ele decida te pedir em namoro?

- Vou recusar. Sei que você não acredita em mim, mas eu vou ser forte. - tomei um gole de suco de laranja. - Serei sincera, dizer o que sinto por ele e dizer porque não posso ficar com ele. É isso. Agora vamos deixar esse assunto pra lá, ok?

A nossa conversa depois disso se resumiu em falarmos sobre nossos pais que adotaram um filhote de cachorro chamado Scott, o namoro de Mel e meus comportamentos alimentares. Não sei que onde minha irmã tirou que eu estou comendo coisas esquisitas. Quando eu finalmente senti sono era quase duas horas da manhã, então eu desliguei a ligação, mandei uma mensagem de boa noite para Barry e dormi como uma pedra.

No dia seguinte...

Eram quase meio dia e eu estava em casa. Motivo? Eu estava com enjoo, então não pude ir trabalhar. Fiz o almoço e decidi ir na loja que fica em frente ao meu apartamento comprar rosquinhas para a sobremesa. Ideia terrível. Pois assim que senti o cheiro das rosquinhas senti uma enorme vontade de vomitar e tudo o que pude fazer foi sair correndo da loja e vomitar dentro de uma lata de lixo. Foi vergonhoso, mas eu estou bem.

Essa situação me levou a ligar uns certos fatos...

Minha menstruação estava atrasada.

Eu estava com desejos.

Estava comendo coisas estranhas.

Estava com enjoos e tonturas.

Isso só podia significar que...

Não, não, não, não, não, não, não, não, não! Simplesmente não!

Desesperada, peguei meu celular e liguei para a única pessoa que eu sabia que poderia me ajudar: Caitlin.

- Oi, Lizzie. - ela atendeu. - Tudo bem?

- Na verdade, não. Posso ir ao laboratório agora?

- Claro. - a castanha respondeu.

- Ok. Chego aí em 15 minutos.

Desliguei o telefone e fui direto ao trabalho da minha amiga. Encontrei apenas ela e Cisco no local. Dei graças a Deus por isso.

- Cait, eu preciso da sua ajuda! - falei tentando não chorar.

Nós duas fomos para uma sala então eu comecei a contar minhas suspeitas. A biomédica tentou me tranquilizar dizendo que ficaria tudo bem e sugeriu que eu fizesse alguns exames para tirar as dúvidas. Eu aceitei.

Resultado? As coisas não vão ficar bem!

- E agora? O que eu faço? Eu estou grávida do meu melhor amigo! - eu estava com a cabeça apoiada no ombro da minha melhor amiga enquanto chorava compulsivamente.

Cait... O QUE?! - Cisco, que acabara de entrar na sala ouvira o que eu tinha falado. Eu chorei ainda mais. - Você tá grávida do Barry?

Eu estava soluçando. A cada minuto que se passava a situação ficava pior.

- Cisco, fala baixo. - Caitlin adivertiu.

- Ah, Meu Deus! - o garoto de cabelos compridos estava em um misto de felicidade e preocupação. - Eu vou ser titio!

- Ah, droga! - funguei. - O que eu faço?

- Você conta para o Barry, é claro. - disse Cisco.

- NÃO! - gritei. Contar para o Barry estava fora de cogitação.

- Por que não? Ele é o pai, tem que saber. - Cisco pergunta confuso.

- Por que não? Porque ele ama a Íris. Por isso! - limpo minhas lágrimas. - Jamais haverá espaço pra mim e pra esse ou essa bebê na vida do Barr.

- Desculpa, Liz, mas isso não é justo. Concordo com o Cisco. Ele tem que saber. - Caitlin diz.

- Cait, você é mulher. Entende o meu lado. Sei que ele tem um bom coração, sei que ele vai amar essa criança, mas eu sei que nós dois vamos ficar em segundo plano. Vocês sabem o quanto eu amo o Barry, não sabem? Então, eu o amo tanto que quero sua felicidade... E sei que a felicidade dele é com a Íris.

Cisco e Caitlin me abraçaram. E ali, nos laboratórios S.T.A.R, mais especificamente dentro do abraço de duas das pessoas mais importantes no mundo pra mim, tomei três grandes decisões: Cait e Cisco seriam os padrinhos do bebê, eu iria embora de Central City e não contaria a Barry sobre a gravidez. Ah, e é claro que fiz os dois prometerem que não contariam nada a ele também.

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⏰ Última atualização: Jan 26, 2018 ⏰

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