Capítulo 5

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Ester

Acordo pensando em ontem à noite, pego o travesseiro ao meu lado e bufo mais uma vez pelo constrangimento que Henrico fez eu passar na frente de Peter, enviei mais uma mensagem pra ele me desculpando por tudo mas não obtive nenhuma resposta, eu entendo ele apanhou de graça sem ao menos ter uma chance de se defender e o pior de tudo sem saber ao menos o porque.

-Chega de preguiça e toma uma atitude Ester! Falei pra mim tentando me animar um pouco.

Levantei e fui ao banheiro fazer minhas higienes, peguei uma muda de roupa e liguei para casa de Anne confirmando de ir a sua casa, minha vontade era mínima em ir lá e ter que olhar pra cara de Felippo mas se eu tiver muita sorte talvez ele já tenha ido fazer suas merdas e nos dê um pouco de paz sozinhas.

Terminei de me arrumar e peguei minha bolsa checando meu celular pela décima vez e nenhuma mensagem de Peter, mais tarde iria ligar pra ele nem que eu fosse pessoalmente até sua casa ele iria falar comigo de qualquer maneira estava ficando agoniada sem notícias suas.

-Maria. Chamei sua atenção entrando na cozinha.

-Ester como estás? Ela perguntou em seu sotaque espanhol carregado.

-Nada bem. Fui sincera sentando na bancada enquanto ela buscava algo na geladeira para eu comer.

-Que se passa Ester? Ela me fitou com aqueles olhos castanhos.

-Raiva, não poder matar certas pessoas é basicamente isso. Disse torcendo a boca em frustração.

Maria colocou uma jarra em minha frente e um prato com um sanduíche pronto e se sentou ao meu lado.

-Sei como estas, não revide e aguarde a hora certa, estás muito ansiosa e quando fica assim enfia os pés pelas mãos. Ela disse apoiando o cotovelo a mesa.

-Maria, você é como se fosse um centro budista ambulante eu preciso de alguém que me incentive não amenize os fatos.

-Não estou amenizando, quién é o felizardo desta vez  Chica? Ela disse interessada.

Tomei um gole do suco e olhei em seus olhos não estava com a mínima fome meus sentimentos estavam a Flôr da pele.

-Não existe felizardo Maria, existe um demônio atras de mim me infernizando. Antes que eu terminasse a frase Maria já estava fazendo o sinal da cruz.

-Donde tira este vocabulário Chica! Ela me corrigiu, me segurei para não rir de sua encenação.

-Falando sério agora, saí ontem com Peter pensa em uma noite mágica estava tudo em perfeita ordem até do nada surgir Henrico Cosa Nostra. Maria tampou a boca horrorizada.
-Isso mesmo o irmão do Diabo número um fez uma cena e não bastando isso Maria ele bateu no Peter que é um doce de pessoa, esse cara só pode ter merda na cabeça, mas a hora dele tá chegando me aguarde! Falei convicta.

-Mujer não se abale por esse Cabrón, pense em tú e sua vida, e fique longe de toda essa família por Deus!  Ela disse passando a mão na barriga e se levantando de onde estava, eu a entendia seu filho não teria um pai pois Felippo Cosa Nostra o matou a sangue frio.

Me levantei e fui até ela e a abracei.

-Maria sinto muito te trazer esse mal estar não devia ter lhe falado, me desculpa.

-Estoy bien Chica, foi só o susto, está família quero distância e se for esperta te aconselho que tambien não se aproxime deles.

-Eu vou manter! Assenti e peguei minhas coisas para sair, Pablo já estava a minha espera para me levar até Anne.

-Bom dia, Pablo! Falei entrando no carro antes que ele abrisse a porta, não gosto de formalidades e perdi as contas de quantas vezes disse que não era preciso ele abrir a porta para eu entrar, não sou nenhuma madame.

A Escolhida do Consigliere Onde histórias criam vida. Descubra agora