POV ALEXANDRE OFF
POV LAUREN ONEnfim, a porta se abriu e sam saiu cambaleante da sala com uma expressão exausta no rosto, porém ela não estava só, Alexandre estava com ela, o corpo de sam sustentava o dele e ele parecia estar desmaiado. Fomos em direção a ela e Leonard a ajudou carregar Alexandre.
- Nossa, foi uma festa e tanto, não? – disse Leonard provocativamente sustentando o corpo de Alexandre com Sam do outro lado.
- Não é hora para brincadeiras Leonard! – disse sam severamente. – Temos que tirar eles daqui antes que a multidão consiga abrir a porta principal, ou a gente vai se dar muito mal.
Todos nós nos olhamos por um segundo, “Pensando bem, sam tinha razão. Como explicaríamos que os dois tinham apagado de uma hora pra outra? Que tínhamos uma chave que, aparentemente, abria a escola toda? Que nós tínhamos “drogado” os meninos? Sim porque foi aquilo que “tecnicamente” tinha acontecido ali. E principalmente, como íamos explicar a tentativa de sequestro que estava prestes a se concretizar?”. Minha mente girava e eu procurei me acalmar, respirei fundo várias vezes. “Não vou ajudar ninguém se desmaiar igual a uma patricinha mimada!”, pensei e comecei a agir.
- Rápido! – eu disse decidida e eles me olharam. – sam, Leo. – disse olhando para eles. – Vão pelo mesmo caminho que viemos, mas quando chegarem no caminho reto que dá no pátio, virem a esquerda, ok? Lá tem um portãozinho que fica aberto, passem por ele e levem Alexandre pra casa.
- E você? E a Gabi e o Hioshi? – disse Sam preocupada e eu sorri para ela, tentando passar confiança.
– A gente se vira, não se preocupe, te ligo quando tudo der certo, ok? – disse enquanto olhava Gabi entrar pela porta dos fundos com dois cadeados nas mãos. “Eu me pergunto onde ela arruma essas coisas.”, senti até um pouco de graça. “A garota parecia até aprendiz do Rudínni!”.
– Vou levar o Hioshi para minha casa e depois que estiver tudo certo você vai lá... Agora corra! Temos pouco tempo.
Ela me lançou um olhar angustiado e disse.
- Esta bem... Até mais, me desculpe por te meter nisso.
Eu sorri e corri em direção a sala, onde Gabi já tinha trancado a porta com um cadeado enorme e se dirigia ao corpo de Hioshi, ela tocou no braço dele, onde tinha uma espécie de ampola bem pequinina, depois tirou bruscamente e guardou dentro de sua maleta. Eu cheguei perto de um Hioshi totalmente adormecido e peguei um de seus braços para tentar escora-lo, não consegui, fiz mais força e seu corpo se mexeu só um pouco. “Ele é pesado demais!”
- Ai! Ta pesado! Gabi, me ajuda aqui! – eu disse um pouco alto demais e a olhei um pouco queixosa.
- Shiii! Fala baixo! – ela disse e foi me ajudar.Ela pegou o outro braço e com muito esforço, saímos que nem duas bêbadas, carregando Hioshi, demorou um pouco até que chegássemos no portãozinho de saída dos fundos da escola, por onde sugeri que Leonard e Sandra passassem, mas quando chegamos lá, me lembrei que não tínhamos fechado nenhuma das portas.
- Droga. – eu disse e parei.
- AI! – disse Gabi quase caindo com minha parada brusca. – O que é? – ela perguntou um pouco sem paciência.
- Esqueci de trancar as portas. – eu disse meio exitante. – Me desculpe...
- Ah. – ela parou por um minuto e largou Hioshi. – Deixa comigo, me de a chave, - ela estendeu a mãos e eu dei a chave na mão dela. Ela sorriu. – fica aí, volto em um segundo.
Eu a observei correr pelo caminho que percorremos anteriormente e ainda segurando Hioshi com muita dificuldade fiquei lá, parada, esperando, só que Gabi não voltou em um segundo, alias, ela estava demorando bastante. Eu tentei olhar mais uma vez, mas quando me virei, me desiquilibrei e acabei deixando o Hioshi cair de costas no chão, eu tentei segura-lo, mas meu pé ficou preso e por fim cai em cima dele.
- AAh! – eu disse com raiva, me levantando e tentando pega-lo de volta. – Droga. Drogaa!
- Ei, o que esta fazendo aí, garota? – disse o cara loiro, bonitinho de de manhã cedo, saindo não sei de onde. – Espero que não esteja metida em encrencas. – ele me deu um sorriso brilhante que contrastava com seus olhos azuis e cabelos bem cortados.
- Bom... – eu disse fazendo uma careta com a força que estava fazendo para manter Hioshi de pé, seus braços quase me engolindo. – Tecnicamente estou. – Sorri. – Mas é para ajudar uns amigos.
- Ele? – ele perguntou em um tom baixo, apontando para a figura de Hioshi toda largada em cima de mim.
- Também. – eu disse um pouco corada sem querer falar mais nada. “Quanto menos eu falar, menos estarei encrencada.”
- Então lhe ajudarei. – ele foi até o lado oposto e dividiu o peso de Hioshi comigo enquanto eu o olhava incrédula. – Se é por lealdade a uma amizade...
- Sabe que não precisa fazer isso, né? – eu disse um pouco sem graça. – Afinal, você nem me conhece... – eu comecei a dizer olhando para baixo.
- Não seja por isso. – ele estendeu sua mão livre. – Meu nome é Dominique. E o seu?
- Lauren Phillips, mas não vou poder apertar sua mão. – eu disse dando uma risadinha, enquanto escorava Hioshi com as duas mãos. – Estou meio ocupada aqui. – eu disse e vôlei a olhar o caminho. – Minha amiga esta demorando muito... Será que você poderia me ajudar a atravessar esse portão? – eu perguntei a ele.
- Sim, claro... – ele disse e começamos a caminhar. – Quem é ela?
- É uma estudante daqui. Ela foi pegar uma coisa. – enrolei um pouco, mas ele ainda me pressionava. Comecei a suar frio.
- E ela foi a responsável por isto? – ele apontou para meu machucado na boca e para Hioshi
- Não. – eu disse e ri um pouco para descontrair, o ar ficou um pouco “pesado” de repente. – Na verdade, digamos que isto foi culpa de nós todos. – eu disse quando cruzamos o portão.
- Lau, voltei... – disse Gabi parando de correr e se assustou. – Ni-Nick?
- Olá, Gabizinha. – ele deu um sorriso de lado para ela. - Então você é a “amiga”? – ele a olhava de um jeito ameaçador. – O que estava fazendo?
- Não é da sua conta. – ela disse e depois o empurrou para pegar o peso de Hioshi. – Com licença. Vamos, Lauren.
- Sim... Obrigada de qualquer forma, Dominique. – eu disse e tentei acompanhar Gabe que andava rápido até demais.
★ Continua ★
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Ghost
VampireVocê é apenas uma alma que se mistura com a multidão...Eu ouço você tão alto, ninguém mais ouve um som....E eu sou apenas um estranho que poderia ser um amigo... Você poderia ter sido tão boa...Eu não vou deixar você escapar...Há alguma esperança de...